29 abril 2013

MARCADOS PELO CASAMENTO - CAPÍTULO 31

Boa noite pervinhas! Nem sempre a razão é a melhor das respostas.. Nem a melhor das soluções.. Todos nos enganamos quando ouvimos a razão! Ótima leitura!
Autora: Izabella Luíza 
Classificação: Maiores de 18 anos 
Categoria: Saga Crepúsculo 
Personagens: Bella Swan, Edward Cullen 
Gêneros: Comédia, Drama, Romance
Avisos: Estupro. Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo

Capítulo 31- Engano Fatal.
Tabatta: papai! - ela veio correndo em direção a nós. 

Mais uma vez fazia frio na Europa, mas o abraça extremamente esmagador que Tabatta deu em Edward me fez sentir mais relaxada. Ela estava ali, bem, segura, saudável... Foi como se um peso enorme houvesse saído de cima das minhas costas. 
Edward: Ah filha, eu senti tanta saudades... - disse ele rindo, e beijando o rosto de Tabatta. 
Tabatta: Bella... - quando a pois no chão, ela veio logo em minha direção, me esmagando como fizera com ele. - nossa, eu nem acredito que vocês estão aqui mesmo! 
O aeroporto estava calmo, sem movimento. Era mês de baixa temporada, e fora lá que pedimos a diretora do colégio que deixasse Tabatta para nos esperar... Ela o fez corretamente. O Segurança que a acompanhou nos saldou e logo voltou para escola. 
Bella: eu é que não posso acreditar em como você está grande, querida! - ela sorriu nervosa, dando a mão para mim e para Edward. 
Tabatta: estou feliz em estar voltando, apesar de tudo... Ficar aqui é legal, mais me sinto muito sozinha. Quero estar em casa com vocês dois e com os meus irmãos. - ela sorria para Edward, que me olhou meio de canto. 
Tabatta não sabia o real motivo de estar voltando. Eu e Edward tínhamos dito a ela que seria pela distância, mas além disso, o grande problema era Kelly. Sabíamos que Tabatta já havia sofrido um bocado com tudo que a mãe biologia aprontara, e tentávamos ao máximo, poupá-la de preocupações. 
Edward: ficamos com saudades de você também. É por isso que você vai conosco. Seus irmãos... Esses dois estão com muitas saudades... - ele piscou para mim sorrindo. 
Tabatta: sério? Ai estou louca pra vê-los... 
Era obvio que não iríamos emendar um dia de viajem no outro. Jantamos num restaurante, e nos hospedamos num hotel para passarmos a noite. Estava incrível como tudo parecia calmo... Bem. Eu já me sentia mais leve... Na hora de dormir, alegando que as mocinhas deveriam dormir na cama, Edward foi se deitar no grande sofá da pequena sala, enquanto eu e Tabatta ficamos sozinhas no quarto. 
Bella: estou feliz que esteja de volta... Muito, filha... - ajeitava os cabelos de Tabatta longe de seu rosto enquanto falava. Ela apenas sorriu sonolenta. 
Tabatta: eu também, Bella... Eu amo você. E não se preocupa com a Kelly... Ela não vai fazer nada. - segundos depois, ela caiu no sono. 
Revirei na cama, pensando em Kelly, Tabatta, Thomas, Maria Eduarda... Edward. Quando pensei neste ultimo, descobri o porquê de não conseguir dormir ali. Edward. 
Na ponta dos pés, fiquei de pé e apanhei um travesseiro. Observei Tabatta novamente; tudo parecia bem. 
Sai do quarto lentamente, e me deparei com Edward parado perto da varanda que no momento estava fechada, observando algo lá fora que eu não podia identificar. Muito parado, eu quase o poderia confundir com uma linda e verdadeira estátua.  
Toquei levemente seu ombro, largando o travesseiro sobre o sofá. Edward sobressaltou-se, mais vendo que era eu, voltou a relaxar, agora, fechando os olhos.  
Bella: eu também estou com medo. – murmurei calmamente. Baixo demais para que Tabatta não escutasse. Ele nada me disse inicialmente, e com raiva de mim mesma por ter exposto meus sentimentos, grudei meus lábios a pele do ombro de Edward que apenas usava uma calça de moletom, e fechei meus olhos aguardando que ele quisesse me dizer alguma coisa.  
Ou não.  
Edward: você pode ter medo. – sua voz queria soar como um consolo – mais eu não.  
Bella: o que você quer dizer? – me ergui um pouco, e ele se virou em minha direção de cabeça baixa.  
Edward: quero dizer que essa situação já ultrapassou todos os limites. – ele não me encarava, por mais que eu buscasse seus olhos – eu já fiz de tudo, de tudo... Nada dá certo. Já não sei mais o que devo fazer...  
Bella: você deve levantar a cabeça e me olhar nos olhos. – meu tom era autoritário – deve parar de achar que está fazendo tudo errado, e enxergar que o que realmente importa ainda está intacto... Os nossos filhos.  
Edward: mais você não está. – agora seus olhos me buscaram – e nunca vai estar.  
Bella: eu não sou tão importante. – meu tom de desdém o fez desviar o rosto por uns segundos rindo baixinho. – Tabatta, Tom e Madu são mais do que eu, pode ter certeza!  
Edward: pra mim vocês todos são como um todo Bella. – respondeu em voz baixa e sincera – e se você não pensa que te amo tanto quanto amo os nossos filhos, lembre-se de que a Kelly mandou estuprar a Tabatta e não você. Se ela mandou fazer isso com a própria filha, sangue do sangue dela, o que ela pode fazer contra você mais do que já fez? O que ela pode fazer contra os nossos gêmeos?  
Foi como um tapa na cara.  
Ou talvez um soco bem dado. Mais que doeu, doeu. Ele desviou de mim, e pela primeira vez a coisa que mais me doeu não foi ele ter dito a palavra “estupro” na minha frente, e sim ter me feito lembrar o propósito do meu sofrimento.  
Era pra ter sido Tabatta, eu não eu.  
Suspirei, e ele caminhou até se sentar no sofá onde estava arrumada uma cama improvisada.  
Bella: não vai adiantar brigar agora, Edward... – fui até ele, e me postei a sua frente. Ele se inclinou um pouco para frente e encostou a cabeça abaixada na minha barriga enquanto mirava o chão. Abracei sua cabeça – vamos voltar pra casa e fingir que está tudo bem. Pelos nossos filhos, é tudo que podemos fazer.  
Edward: você tem razão. – sua voz soou baixa, e ele ergueu o olhar me puxando para o sofá com ele rapidamente. – mais não por muito tempo.  
Bella: não por muito tempo a Kelly vai estar por ai. Ela logo vai ser capturada... Vai dar tudo certo. – já estávamos alinhados um com o outro, e ele beijou a minha testa jogando sobre nós um edredom verde.  
Edward: Agora que estamos todos juntos e a salvo, vai sim. Boa noite, amor.  
Bella: boa noite amor.  
–  
De repente a claridade começou a entrar pela janela, e o barulho ensurdecedor a penetrar em meus ouvidos.  
Era o celular de Edward. O mesmo se inclinou da cama se esticando até o criado mudo e apanhou o irritante aparelhinho.  
Edward: é de casa. – me disse esperando a moça completar a chamada.  
Ignorando qualquer coisa, me sentei na cama e Edward saiu do quarto para pegar um sinal melhor. Ah... Como era bom poder acordar e saber que estava tudo bem! Tabatta entrou pela porta sorrindo e ainda de pijama.
Tabatta: bom dia, mãe... Que coisa mais feia! – ela se jogou ao meu lado sorrindo. – me deixou sozinha lá na cama...  
Bella: Não foi de propósito. – ela riu alto. – animada pra voltar?  
Tabatta: claro... Muito! – seu sorriso se ampliou. – quem era no celular do papai? – perguntou agora se sentando na cama e ajeitando o cabelo atrás da orelha.  
Bella: eu na verdade não sei... – olhei na direção em que Edward saiu, mais nada dele aparecer. – deve ser a sua avó falando dos gêmeos. O Thomas e a Madu devem estar deixando a coitada louca...  
Tabatta: Eles estão tão terríveis assim? – espantou-se – quando eu fui embora eles nem falavam ainda!  
Bella: ah querida, você perdeu muita coisa! Eles já sabem até gritar... E Bem alto. – nos rimos, e ficamos de pé. – vamos tomar banho, anda... Antes que fique tarde e percamos o avião.  
Tabatta: e o papai? – disse olhando em volta.  
Bella: ele é homem... – dei de ombros – se arruma em cinco minutos. – ela concordou e sorriu.  
Como havia duas duchas no banheiro, tomamos banho juntas... Fui a primeira a terminar, e sai do banheiro enrolada na toalha pra me trocar... Abri a mala em busca da roupa e nesse momento, Edward entrou no quarto desesperado. Deixei tudo em minhas mãos irem ao chão, apenas o observei sentindo meu coração disparar.  
Não era algo bom, não era algo bom!  
Não precisei perguntar... Ele me respondeu apenas com o olhar.  
Não era mesmo algo bom.  
EDWARD POV  
Era minha impressão ou a voz da minha mãe tremia do outro lado da linha?  
Esme: Edward... V-você tem que v-voltar a-agora. – gaguejava do outro lado. – AGORA EDWARD! – berrou.  
Edward: mais mãe... – falei rápido, tentando entender todo aquele desespero. – calma... E me diz... O que aconteceu? – questionei, olhando em volta pra ver se Tabatta ou Bella estavam por ali. – É algo com a senhora?  
Esme: ontem a tarde uma mulher veio a nossa casa. – derrubei a camisa que eu segurava em minhas mãos só de ouvir essa frase. Pra mim, ela na precisava dizer mais nada. – E-ela me disse que era... Q-que era babá dos... G-gêmeos e disse que vocês tinham pedido pra ela vir me ajudar com eles enquanto estivessem fora. – chorava e gaguejava, era horrível de se entender. – C-como eu já a havia visto em sua casa, achei que não seria... Mentira. Deixei entrar... E... – agora explodiu em lágrimas... Eu já caminhava de um lado pro outro, sentindo meu corpo de contrair loucamente de nervoso. – Eu os levei ao parque a tarde, e ela se ofereceu para ir junto. Enquanto fui comprar um sorvete com um dos bebês... Voltei e ela... Tinha sumido com o outro. – agora ela desabava de chorar, e eu deixei o fone se afrouxar em minhas mãos – esperei duas horas e ela não apareceu... Acionei a policia e... Já vai fazer vinte e quatro horas e nada, Edward... Nada... O seu bebê sumiu!  
Larguei o fone no chão, e corri em direção ao quarto. Era como eu havia desconfiado.  
Barbara... Não queria o bem da minha família e sim o mau. O que me restava saber agora era se de fato ela estava mesmo trabalhando com Kelly (algo que praticamente era real) ou se era só uma maneira de se vingar por eu não ter cedido a suas investidas. Eu não sabia qual poderia ser pior.
Mais tinha algo pior... A reação de Bella. 
Definitivamente, não era a Tabatta que eles queriam ter... E sim a um dos bebês. Eu deveria ter previsto. Fora um engano terrível, e seu final poderia ser fatal.

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