17 abril 2013

MARCADOS PELO CASAMENTO - CAPÍTULO 23

Boa noite pervinhas!! Depois da tempestade... Ótima leitura!!
Autora: Izabella Luíza 
Classificação: Maiores de 18 anos 
Categoria: Saga Crepúsculo 
Personagens: Bella Swan, Edward Cullen 
Gêneros: Comédia, Drama, Romance
Avisos: Estupro. Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo

Capítulo 23 - A verdadeira paternidade
O que fazer quando suas expectativas morrem? Quando tudo que planejou voa pela janela?

Tabatta: Caraca Bella, porque você não contou pra ninguém? – Porque será que meninas de oito anos têm que ser tão espertas em relação à gravidez? 
O olhar de Tabatta em direção a mim, suas mãozinhas sobre minha barriga me diziam que ela sabia mesmo o que estava havendo, o que estava fazendo. 
Bella: Porque eu... – ela encostou o ouvido na minha barriga levemente.  
Tabatta: mais ainda está pequenininho. – falou grudada em meu ventre. – Uau! O papai vai ficar muito feliz quando souber! É menino ou é menina?  
Bella: ainda não sei Tabatta. – ela se afastou porem parecia deslumbrada com o volume em meu ventre nem tão grande assim. – e acho bom você não dizer nada pro seu papai.  
Tabatta: PORQUE NÃO? – disse com os olhos maiores que o rosto, indo se sentar em minha cama. – ele vai ficar muito, muito, muuuuito feliz quando souber que você vai ter um neném. – ela sorria. – e nem vem me dize que é mentira, porque eu sei quando uma mamãe vai ter um neném! 
Percebi que Tabatta abaixou o olhar, e desviou o rosto de mim.   
Bella: Ué, como você sabe tanto sobre mulheres e nenéns? – me sentei ao lado dela, vendo que coisa boa não ia sair dali.  
Tabatta: Ah é que bom... – ela pigarreou – uma vez a Kelly ficou grávida. – a voz de Tabatta era baixa.  
Bella: ficou é? – senti um arrepio na espinha. Caso meu bebê fosse do estuprador... Ele não seria o primeiro, é isso? Kelly e John tiverem um filho? – e onde está o neném?  
Tabatta: Ah, eu não sei. – falou dando de ombros – ela ficou grávida, e ficou como você. A barriga assim. – ela sorriu muito – foi ficando cada vez maior, e maior... – esticou os braços e imitou uma barriga crescendo feito uma bexiga. – e teve uma hora que PUM! – imitou uma explosão – explodiu e saiu um neném!  
Bella: sério? – cruzei a perna. E ela deitou no meu colo.  
Tabatta: Sério! Era um menino... – disse sorrindo com o dedinho na boca – era a coisa mais liiiiiinda, mãe. – me olhou enquanto eu acariciava seus cabelos espalhados em meu colo. – foi eu quem cuidou dele. Sério, era eu! – ela sorriu com aquilo que a deveria fazer chorar – eu dava Tetê, trocava a frauda, punha pra nanar... – enumerava em seus dedos – só que quando ele ficou grandinho... E parou de mamar no peito da Kelly, ela o deu embora como se faz com um cachorrinho. - Agora Tabatta ficou triste. – Ele era o meu Miguel, ela não podia ter feito isso com ele... Ele foi embora com uma mulher e nunca mais voltou... Nunca mais. – Tabatta sorriu pra mim – mais você não vai dar o meu irmãozinho novo embora, não é mamãe?  
Bella: CLARO QUE NÃO TABATTA! – falei alto demais – mais... Como a Kelly teve coragem de dar o neném embora... E o John? – como me doeu falar aquele nome - Não quis saber do filho?  
Tabatta: JOHN? – ela riu – não mãe... O John não pode fazer nada, porque o filho não era dele.  
Bella: não? – questionei – mais ele e a Kelly não namoram há MUITO tempo?  
Tabatta: sim, namoram! Mais o bebê não era dele, porque justo na época que a Kelly apareceu grávida ele tinha acabado de fazer uma cirurgia pra não poder ter bebês. – meu coração começou a pular, e eu gelei – me lembro que deu a maior briga dele com a Kelly, porque ela tinha traído ele! O bebê não era do John, ele não pode ter bebês...  
Se o bebê de Kelly não era do John, e se ele não podia ter bebês, significava que o meu bebê tinha um pai... Um pai que não era o estuprador. Definitivamente, NÃO!  
EDWARD POV  
Bella e Tabatta não estavam em casa.  
Estava tudo escuro, fechado, sem vida... Apressei-me em tomar banho, e como não havia ninguém em casa, abri o laptop e comecei a trabalhar em casa mesmo.  
A luz fraca do escritório era apenas o que me iluminava enquanto meus dedos corriam pelo teclado como se não fosse uma noite de sexta feira onde eu deveria estar curtindo com a minha filha e a minha esposa.  
Após longos minutos, olhei no relógio e me dei conta que já eram oito da noite e nada das duas. Quando pensei em pegar o telefone, ouviu vagamente a porta da sala sendo aberta e o barulho das chaves de Bella sendo jogadas sobre a madeira da mesa da cozinha. Ouviu o barulho de sacolas, ouviu seu salto alto batendo contra o assoalho depois contra os degraus da escada que levava ao segundo andar.  
Fiquei esperando por algum sinal de Tabatta, sinal este que não veio.  
Vi a luz se tornar mais fraca, e vi Bella parada na porta do escritório, encostada no batente. Tinha um sorriso tão lindo no rosto que pensei estar vendo uma miragem. 
Há tempos não saia sozinha, há tempos não sorria assim, há tempos não se vestia como estava agora. Tão linda como sempre, calça jeans clara grudada ao corpo, salto alto, blusa branca de alças me um tipo de jaqueta leve curta exibindo um leve decote. Cabelos soltos. Eu não podia vê-la bem por causa da luz. Estranho... Ou seria comum e a outra Bella, fria e apagada pós estupro seria a estranha?  
Edward: Oi. Onde você estava? – questionei olhando para ela diretamente.   
Bella: fui fazer umas compras com a Tab. – falou com a voz feliz – e... – caminhou até mim, e encostou-se à mesa ao meu lado, me olhando trabalhar. – ela ficará na casa da minha mãe com a Brenda esse final de semana. – fui obrigado a desviar o olhar para ela.  
Sempre que Bella permitia que Tabatta ficasse fora de casa uma noite era milagre, mais UM final de semana TODO era um milagre mais dois. Ela estava planejando alguma coisa...  
Edward: amor, você quer me contar alguma coisa? – ela sorriu e fechou o laptop deixando tudo escuro. Completamente mergulhado na sombra. Fiquei de pé, e a senti se aproximar.  
Bella: na verdade eu quero te dar uma coisa... – Eita, espera! Dar o que? Lá vem eu com meus pensamentos pervertidos...  
Senti Bella prender uma de minhas mãos entre as suas. Senti o sangue correr forte em mim como não acontecia há MUITO tempo. Parou durante um minuto, e guiou minha mão para onde eu nunca imaginaria que fosse me levar.  
Pousou sobre sua barriga. Senti um espasmo.  
COMO ASSIM? O que era aquela protuberância? Porque estava levemente alto e rígido? Redondo como o de uma grávida? Acendi a luz do laptop sem tirar a mão da barriga dela, e quando tudo ficou claro, pude a ver com mais clareza.  
Seus olhos me enxergavam sem desviar através da escuridão, castanhos e profundamente brilhantes. Seu rosto tão lindo como só vi nas vezes em que ela se entregou pra mim profundamente, quando nos casamos e quando tivemos nossa primeira vez.  
Agora ela se entregava a mim novamente, de um jeito tão especial ali, singelamente me revelando seu segredo.  
Eu não sabia o que dizer, nem o que pensar. Como não fui reparar? Ela já deveria estar pelo menos grávida há quatro meses pelas minhas contas... Há quatro meses não fazíamos amor, há quatro meses... Ela fora violentada.  
Meu corpo se arrepiou, e deixei a idéia sobre a paternidade daquele futuro bebê que surgira em minha mente fugirem. Seja meu ou não, o bebê era dela, crescia dentro de algo que era MEU! Isso o tornava mais meu do que se fosse de sangue. Era algo que não podia ser mudado.  
Edward: Bella... – falei levemente, deslizando a mão sobre o ventre dela. – porque você não me disse antes? – a puxei pra mais perto, e ela deitou a cabeça no meu ombro. – nossa, eu nem sei o que dizer... – suspirei sentindo algo maior que amor dentro de mim.  
Bella: Eu tive medo – falou baixinho abraçando meus ombros – eu... Eu não sabia o que você ia pensar.  
Edward: eu estou feliz, amor... – eu não conseguia deixar de sorrir – porque pensou que eu ficaria triste com uma coisa tão linda como esta, Bella? – acariciei seu rosto, e ela deu de ombros.  
Bella: você sabe o porquê... – disse tremendo em voz – o bebê poderia ser filho do... – a apertei mais forte no abraço, e ela me olhou. 
 Edward: o bebê é só nosso. – com toda minha convicção, lhe garanti – só meu, seu e da Tabatta, entendeu? Não tem mais ninguém nisso tudo... Nada a que devemos dar a mínima importância.  
Quase notei um sorriso no rosto dela em meio à escuridão.  
Bella: mais Edward... – ia dizendo.
 Edward: Bella, não importa de quem ele seja. – erguei seu rosto em direção ao meu – tudo que importa é que será nosso, e virá recebido da melhor forma possível. Vai ser meu filho de qualquer jeito. Porque assim como você diz que a Tabatta é mais sua por ser minha, o seu bebê vai ser mais meu sendo seu do que qualquer outra coisa. Você entendeu? – ela assentiu de forma frenética, sorridente – não quero mais uma palavrinha sobre esse assunto.  
Bella: Eu sei quem é o pai dele Edward. – falou erguendo as mãos e tocando meu rosto levemente.  
Edward: eu já disse que não importa...  
Bella: mais pra mim importa, e fique sabendo que o bebê é mesmo seu. O estuprador não pode ter filhos... – tentei assimilar tudo que ela me dizia.  
Edward: como você sabe que não? – questionei querendo saber o porque disso tudo.  
Bella: a Tabatta me disse que... – e ela me contou uma longe história.  
Que resultou de mim ligando pra delegacia onde ele estava preso e pedindo os laudos do exame que ele fizera pra entrar em cárcere. Ela tinha mesmo razão. A cinco anos ele era operado. Não podia ter filhos.  
BELLA POV  
Não sei se alegria é tudo o que tenho pra oferecer... Nem sei se tudo que tenho pra oferecer é tão bom assim... Só sei que passei todos os dias de meu casamento querendo engravidar e agora eu tinha em mãos a melhor coisa do mundo.
  A certeza de que o bebê era mesmo fruto do nosso amor. Meu e de Edward.  
Edward: não acredito que você pensou em abortar... – dizia com a mão na cabeça, enquanto jantávamos. Olhava-me pasmo – Bella, isso é LOUCURA!  
Bella: Edward, eu sei, tá bom? Eu sei... Eu pensei, mais não o fiz! Existe uma grande diferença entre pensar e fazer... E EU NÃO FIZ! – comi a ultima garfada do macarrão instantâneo que fizemos, e me levantei pra por o prato na pia.  
Edward: é, você tem razão... – me acompanhou – eu sempre soube que você sempre faz a coisa certa. – me beijou levemente no cabelo.
 Estava tudo normal novamente em minha vida... Normal, até demais!



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