10 abril 2013

MARCADOS PELO CASAMENTO - CAPÍTULO 18

Boa noite pervinhas.. O último capítulo sempre me choca, mas agora Bella encontrará Edward, e o amor sempre vence... Ótima leitura!!

Autora: Izabella Luíza 
Classificação: Maiores de 18 anos 
Categoria: Saga Crepúsculo 
Personagens: Bella Swan, Edward Cullen 
Gêneros: Comédia, Drama, Romance
Avisos: Estupro. Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo

Capítulo 18 - Contando a Verdade
Caminhávamos por uma rua escura. Tabatta de mãos dadas a mim, tremendo pelo frio.

Eu sentia ardência, desconforto e meu corpo sangrando. Havia hematomas por toda minha extensão... Causados pela minha desgraça. Meu rosto completamente marcado de roxo e vermelho pelos tapas que levei.
 Ao longe vi a casa, e olhei pra garotinha ao meu lado.
 Bella: Tabatta, o que você viu? – minha voz saia baixa e tremida pela dor.
 Tabatta: Eu... – ela me olhava chorosa – eu vi ele te machucando, Bella. Ele estava encima de você e ele...
 Bella: você não pode dizer nada disso pro seu pai, entendeu? – os olhos dela se abaixaram. – promete pra mim... Somos amigas, não somos?
 Tabatta: mais ele te machucou... O papai tem que saber, Bella... Ele tem que por ele na cadeia e... – ela falava rápido.
 Bella: Tab, por favor. Promete pra mim... – ela começou a chorar, mais assentiu.
 Tabatta: prometo. – eu sequei as lágrimas do rosto dela e voltei a pegar em sua mão.
 Bella: Quero que faça como se estivesse sonhado... Imagine que isso nunca aconteceu. Que são só sonhos ruins, esta bem? Não chore mais... – ela assentiu.
 A casa estava deserta, mais assim que chegamos, Edward olhou diretamente pro meu rosto machucado e se apavorou.
 Edward: Bella, amor... – ele olhava de mim pra Tabatta que se mantinha séria, e dela pra mim – o que houve? Onde estavam? – ele abraçou Tabatta de lado. Aproximou-se de mim e tocou o meu rosto.  
Eu fugi de seu toque.
 Bella: nada Edward... NADA! – sai correndo pro quarto, mais eu podia ouvir a voz dele.
 Edward: princesinha... O que aconteceu? – a voz dele era desesperada.
 Tabatta: nada papai... – falava baixinho – eu... Vou tomar banho! – ela saiu correndo e subiu a escada passando por mim tremula. Olhou-me e entrou em seu quarto.
 Entrei pro meu quando vi Edward subir as escadas. Eu precisava dar uma explicação! Ele não ia me deixar em paz...
 Edward: Bella quer, por favor, deixar de ser criança e abrir essa porta? – ele esmurrava a porta com socos.
 Bella: depois Edward... – eu mal percebi que já estava chorando.
 Edward: você está chorando? – os socos ficaram mais intensos. – ALGUEM AQUI VAI TER QUE ME DIZER O QUE HOUVE!
 Eu simplesmente não seria capaz de olhar nos olhos lindos e sinceros dele e dizer “fui violentada”.
 Eu não era capaz, eu não queria morrer de desgosto ao olhar em seus olhos perdidos.
 Tirei minha roupa que restou aos poucos, as peças quase todas banhadas por sangue na parte de dentro, minha saia em especial. Ele tinha rasgado a minha calcinha, por isso não era pior.
 Quando fiquei nua me aproximei do espelho e me mirei.
 Meu olho direito tinha uma grande macha roxa, minha bochecha do outro lado uma marca de mão avermelhada... Meu pescoço um pequeno corte superficial causado pela navalha, mais não eram nada comparado às manchas escuras em meus seios e os longos e profundamente abertos cortes em minha cocha.
 Pingavam sangue... Fazendo escorrer até meus pés. Eu sentia meu sexo ardendo, e um tipo de dor aguda se propagava dentro de mim tamanha a violência que ele usou comigo.
 Arrastei-me pra de baixo do chuveiro, e o liguei. Senti a água quente cair e meu corpo arder... Mudei pro gelado, e a ducha me aliviou.
 Água e sangue se misturavam no chão esbranquiçado do Box, enquanto eu me deitava no azulejo, largando o corpo no piso frio e manchado de sangue.
 EDWARD POV
 Bati uma vez na porta do quarto de Tabatta, e ela me mandou entrar com voz tremula. Entrei e fechei a porta.
 A vi sentadinha sobre o acolchoado rosa, vestindo um pijama rosa agarrada a um bichinho com os longos cabelos bem molhados.
 Edward: você está bem? – me sentei na cama ao lado dela. Ela assentiu freneticamente. A olhei, ela aprecia mesmo bem... Não estava machucada. Aliviei-me profundamente com aquilo. Ficamos nos olhando, até eu ver seus olhos se encheram de lágrimas que começaram a cair silenciosas...
 Tabatta: foi tudo culpa minha... – dizia entre as pausas de soluços baixos.
 Edward: o que aconteceu, amor? – a abracei e ela deitou a cabeça no meu ombro. Eu não podia a deixar sofrendo quando eu tinha lutado contra tudo e contra mim mesmo só pra ficar com ela. Ao meu lado, ela tinha apenas que ser feliz.
 Tabatta: eu não posso contar papai... – falava baixo.
 Edward: você não pode esconder nada do papai, mocinha... – ela não sorriu, apenas continuou a chorar – eu não vou dizer pra ninguém...
 Tabatta: eu prometi pra Bella que não ia dizer...
Eu não gostava de forças ninguém a nada, mais naquele momento era preciso.
 Edward: você gosta da Bella, não gosta? – perguntei fazendo-a me olhar.
 Tabatta: eu amo muito ela... – respondeu ainda chorando.
 Edward: então conta pra mim o que houve amor... É pra Bella ficar bem. – acariciei o rostinho dela, e ela passou a mão no rosto confusa.
 Tabatta: pai eu... – ela parou de falar e olhou pras próprias mãos – eu não sei bem o que ele fez com a Bella, eu só sei que ele machucou muito ela... Ela estava sangrando... Muito. – Tabatta ainda me abraçava, eu segurava em sua mão dando confiança a ela.
Edward: ele quem? – ela puxou o ar fortemente.
 Tabatta: o namorado da Kelly... – agora suas lágrimas eram intensas – ele pegou agente na praça hoje, e colocou num carro... Só sei que quando chegamos lá ele queria fazer alguma coisa comigo, mais a Bella não deixou... Ai ele puxou ela e... – ela gaguejava e falava rápido entre lágrimas com o olhar perdido – ele a levou pra um quarto. – ela parou de falar – e...
 Edward: e... Não fica com medo amor. – ela assentiu. Eu sentia meu coração correr dentro de mim. 
Tabatta: ele a jogou num colchão e ficou por cima dela ele... – ela parecia ter falta de ar – ele... Ele fez o mesmo que fazia com a minha m... Com a Kelly. Ela me dizia que eu não podia ver porque aquilo não era coisa de criança... Mais uma vez eu vi um pouco e ele estava fazendo o mesmo com a Bella. Só que a Bella não queria deixar, ai ele pegou uma faca eu acho, e cortou ela... E...
 Edward: Shh... – a fiz parar, apertando tão forte minha mão em punho que minhas veias chegaram a doer. Eu não podia entrar em delírio agora! – calma amor, o papai já entendeu.
 Tabatta: eu... Foi culpa minha... Eu sinto muito papai, eu não queria que machucassem a Bella... – ela falava, mais a fiz deitar na cama.
 Edward: Não é culpa sua, entendeu? Quietinha... Não pensa mais nisso. – eu a cobri com o edredom – quero que durma, está bem? – me sentei no chão ao lado dela com a mão sobre a dela. – eu vou ficar com você. Eu te amo...
 Tabatta: Eu... – ela ia continuar, mais assentiu – também te amo papai. Boa noite... – antes de fechar os olhos, ela direcionou um olhar a mim – cuida da Bella, está bem. Ela está muito mal... Por favor... 
Edward: só durma amor... Vou dar um jeito nisso. – mais uns minutos me olhando, Tabatta perdeu o foco e fechou seus olhos verdes. Dei um beijo em sua testa e fui pra minha nova batalha.
 Eu tinha uma básica idéia do que tinha acontecido. Na verdade, eu só sabia o que tinha acontecido mais naquele momento eu não podia pirar!Eu tinha que ter a cabeça no lugar, pois não iria adiantar entrar em pânico!
 Senti meus pés tremendo, e fui até a dispensa pegar a chave reserva do meu quarto onde Bella estava. Assim que abri a porta, mergulhei num profundo silêncio não havia barulho, nem soluços...  
Observei o quarto vazio, e caminhei pacificamente até o banheiro. Quando adentrei, Bella estava sentada no chão com uma toalha envolta ao corpo, olhando fixamente para o espelho enorme a sua frente.
 Lágrimas caiam por seu rosto perfeito e machucado, silenciosas. Não havia expressão em seu rosto, era como se fosse sua alma jogando pra fora toda sua tristeza. Ela me viu entrar, mais não me olhou diretamente. Seu olhar focado em sua imagem no espelho.
 Enxerguei manchas arroxeadas em seus braços, e me abaixei ao lado dela.
 Bella: eu não queria... – agora ela me olhava – desculpa, eu não pude evitar... – seu olhar estava em mim ajoelhado a seu lado, mais as lágrimas ainda caiam de seus olhos sem esforço, bastava apenas ela piscar. Eram em abundância.
 Edward: Shh Bella... – eu não sabia onde tocar, ela parecia toda inflamada. – isso não importa... Vem comigo...
 Bella: eu não sou mais... Boa. – ela agarrou fracamente em meu braço – eu não sou mais sua... Vou entender se quiser me mandar embora.
 A soltei, e toquei levemente seu rosto, afastando os fios de cabelos molhado que se grudavam a sua face machucada.
 Edward: do que você está falando? É claro que você é boa, é CLARO que você ainda é minha. – eu não sabia se também chorava, mais naquele momento isso não importava. Seu só sentia algo doer profundamente em meu ser ao ver seus olhos apavorados, cheios de medo, com culpa por algo que ela não fez. – Bella por Deus, eu te amo. E quem fez isso com você vai pagar nem que eu... – parei de falar, ela ainda me olhava profundamente. – vem comigo amor... – sequei suas lágrimas, mais logo vieram mais. – deixa eu te ajudar...
 Bella: não Edward, eu não quero que você me veja assim... - ela virou o rosto na direção oposta da minha. – eu estou suja. Ele acabou com a minha vida... ACABOU!
 Edward: ele não acabou com nada... – segurei sua mão fracamente – eu é que vou acabar com esse animal quando você estiver bem... Você não entende! TUDO O QUE ME IMPORTA É VOCÊ E TABATTA AGORA... Eu estou com você – beijei a mão dela – vou sempre estar.
 Ela me olhou, e deitou a cabeça em meu ombro.
 Bella: eu pensei que seria boa pra você... Mais eu vi que não sou nada de bom, nada! Eu não sou NADA! – voltou a chorar, mais eu a acalmei.
 Edward: você é tudo, amor... Tudo pra mim. – falei tranquilamente – agora vem comigo, por favor! Eu prometo que não vou reparar... Só quero cuidar de você.
 Aos poucos ela me deu a mão e se pós de pé. Caminhamos até o quarto lentamente, e quando lá chegamos eu a fiz tirar a toalha pra ver a extensão de seus machucados...
 Quando pus os olhos, eu me senti um nada. Um nada por não ter impedido aquilo de acontecer.

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