Boa noite pervinhas!!! Hoje é sexta-feira, mas não significa que as aulas acabaram.. Pelo contrário, elas estão apenas começando! E quem é que não iria querer esse tipo de aula???? Aiaiaiaiaiai.. Essa segunda fase da nossa FIC vai abalar as estruturas! Ótima leitura!
Autora: Lunah
Classificação: Maiores de 16 anos
Categoria: Saga Crepúsculo
Personagens: Bella Swan, Edward Cullen, Ement Cullen, Rosalie....
Gêneros: Comédia, Lime, Romance, Universo Alternativo
Avisos: Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo
Capítulo 14 - 2ª Fase: Capítulo 1 - Aula e Maldição
Bella’s POV
Ai, que barulho mais irritante!
Rolei na cama colocando o travesseiro na cara. Eu simplesmente odiava quando atrapalhavam meu sono.
TOC TOC TOC TOC TOC TOC...
Olhei para o relógio no criado mudo e marcavam 7h.
Que sacanagem! Levantei-me furiosa. Eu ia matar a criatura que estava batendo na minha porta àquela hora. Girei a chave, puxei a maçaneta e lá estava, parado com um sorriso idiota, Edward Cullen.
– Bom dia! – Disse ele.
Bocejei e então fechei a porta com força na cara dele. Verifiquei se a porta estava bem trancada, então voltei para a cama, me cobrindo com o edredom, satisfeita.
– Bella, abre a porta!
Ignorei.
– BELLA, ESTOU FALANDO SÉRIO. ABRE A PORTA!
Tapei os ouvidos com o travesseiro. Estava mesmo disposta a voltar para meu soninho a qualquer custo.
– TUDO BEM, NÃO SE ESQUEÇA QUE EU PEDI COM EDUCAÇÃO! – Berrou ele mais uma vez.
O que eu fiz?
Nada!
O silêncio foi um alívio. Meu corpo relaxou e, aos poucos, fui sendo embalada pelo sono.
Água? O que é isso... água? Vou morrer afogada!
– AAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHH! – Gritei ao pular da cama, encharcada. Quando vi o imbecil do Edward com um balde na mão, e seu típico sorriso torto nos lábios, entendi o que havia acontecido. – Seu filho da mãe, não acredito que jogou água em mim! – Meu mal humor matinal ameaçava explodir como uma bomba.
– Você não abriu a porta, eu avisei. Pense pelo lado bom, não vai mais precisar tomar banho. – Zombou a anta.
Eu ia partir para cima dele, arrancar aquele sorriso na base do soco, mas aí, algo me chamou a atenção.
– Como você entrou aqui?
– Pela janela! – Apontou ele, como se eu fosse uma burra.
– E como subiu? – Eu realmente quis saber.
– Escada!
– Você já fez isso antes? – Perguntei intrigada.
Edward revirou os olhos.
– Não!
– Mas o que você quer, afinal?
– Vamos correr! – Respondeu ele, soltando o balde.
– De quem?
– Ah, meu Deus! Exercícios Bella, você precisa manter a forma. É muito sedentária. – Falou, visivelmente impaciente.
A princípio achei que ele estava brincando, mas aí, notei que ele usava uma calça de moletom azul, camiseta branca e tênis.
– Eu não vou correr coisa nenhuma! Ainda mais às 7 da manhã! Me economize, Edward. Vai arrumar o que fazer! – Falei, me jogando na cama e agarrando o travesseiro.
– Tenho quatro palavras para você: acordo, Jake, me, obedecer! – Ele cruzou os braços. Achei que ele ia se dá por vencido, mas parecia que ele estava mesmo levando aquele acordo a sério.
– Tenho duas palavras para você: quero, dormir! – Falei, me enrolando com o edredom.
– Facilita as coisas, Swan. Só vamos trabalhar alguns músculos. Principalmente os das suas pernas. São muito fracos. Ontem, quando te beijei, você quase foi ao chão. Se fizer isso com o Jacob, vai ser pagação de mico, acredite!
Porque ele tinha que lembrar daquilo? A vergonha me dominou. Agora que eu não ia mesmo levantar da cama! Preferi esconder o rosto nas cobertas para evitar que ele visse meu rubor.
– ME LARGAAAAAAA! – Gritei ao sentir que ele me puxava pelo calcanhar para fora da cama. Meu corpo inteiro foi ao chão e, só não levantei para matar o infeliz, porque fiquei meio perdida no emaranhado de cobertas e lençóis.
– Te espero lá na calçada. Não demore, senão venho aqui com outro balde de água! – Ameaçou ele, antes de sair.
Eu não queria correr, mas bem sabia que a ameaça do Edward era verdadeira. Além disso, o maldito sono tinha passado totalmente.
Coloquei uma calça de moleton qualquer que estava jogada no closet, minha camiseta favorita do Bon Jovi, um tênis e, por fim, prendi o cabelo em um rabo de cavalo. Quando fui para fora da casa, avistei Edward se aquecendo. Eu amaldiçoei o sol aquela manhã, bem que poderia estar chovendo, assim eu não teria que correr.
– Vamos pirralha, está uma ótima manhã para correr! – Falou ele, dando início ao exercício.
Fiquei parada no meio da rua, só observando ele se distanciar.
Edward logo percebeu que eu não o segui. Então voltou.
– O que foi?
– Isso é tão idiota, correr não vai me ajudar a conquistar o Jake. – Reclamei, mal humorada.
– Eu já expliquei porque vamos correr, agora me obedeça e vamos logo! – Ordenou ele, prepotente.
– Obedecer? Eu não vou obedecer você, seu ...
Meu xingamento foi interrompido pela surpresa de sentir Edward dando um puxão no meu rabo de cavalo. Tudo bem que quase não doeu, mas foi muita ousadia dele. Eu estava pronta para descontar todo o meu mau humor nele.
Edward saiu correndo imediatamente e eu o segui, correndo com todas as minhas forças.
– EU VOU MATAR VOCÊ, JURO! – Ameacei enquanto dobrávamos uma esquina.
– SÓ SE VOCÊ ME PEGAR! – Respondeu, aumentando a velocidade – CORRE BELLA, CORRE! – Provocou o idiota.
Eu não sei por quanto tempo fiquei correndo atrás do Cullen pelo bairro. Uma hora, talvez. Minhas pernas já não tinham forças e eu estava sedenta. Parei, colocando as mãos no joelho, exausta. Edward percebeu que eu já não o perseguia e veio ao meu encontro.
– O que foi? Já vai desistir? – Perguntou ele, suado, mas não parecia exausto como eu. Como ele ainda tinha pique para fazer uma perguntinha idiota? Eu mal conseguia respirar.
Já que ele estava bem próximo, ainda estendi o braço, tentando alcançá-lo, em vão. Eu não tinha forças nem para chutar uma latinha. O jeito foi desistir mesmo.
– Eu... mato... você... depois... – Falei entre arfadas.
– Tudo bem. Já chega por hoje, amanhã continuamos.
– Amanhã? – Se eu tivesse forças, teria gritado aquela palavra devido à minha surpresa.
– Sim, agora vamos correr todos os dias.
Balancei a cabeça. De jeito nenhum que eu ia colocar os bofes para fora todo dia.
– Vamos Bella, temos o percurso de volta para correr.
Caí sentada no asfalto. Ia ser preciso um guincho para me levantar. Correr de volta para casa estava fora de cogitação.
– Não é possível que você esteja tão cansada assim. – Questionou Edward, analisando-me.
Deitei no chão ainda ofegante, só para ele ter uma noção de quão cansada eu estava.
Edward me olhou impaciente e, para minha surpresa, ele me puxou pelos braços, levantando-me. Mal consegui ficar de pé.
– Sobe nas minhas costas! – Disse ele, inclinando-se.
Ergui uma sobrancelha. Ele estava falando sério?
– Anda, antes que eu desista! – Resmungou Edward.
Bem, eu que não ia voltar correndo. Então dei um pulinho para pegar impulso e subi nas costas do Cullen, enlaçando minhas pernas em seu quadril e os braços em volta do seu pescoço.
Edward começou a andar. Aquilo era, no mínimo, sinistro, mas não liguei. Cansada do jeito que eu estava, qualquer coisa servia.
– Upa, upa! Anda, pangaré! – Não agüentei, eu tinha que zoar ele.
Edward bufou, mas não parou de andar, aquilo era muito engraçado, ao menos para mim. Eu não quis gargalhar para ele não me fazer correr até em casa, mas ria silenciosamente. Isso fazia meu corpo inteiro tremer. Com certeza, ele notou. Eu queria ver a cara que ele estava fazendo mais, infelizmente, não foi possível.
Edward’s POV
Olhei meu relógio de pulso e já marcavam 15:25 h. Me perguntei onde estava Bella, eu avisei pra ela não se atrasar para a primeira aula. Andei pelo quarto, tentando me conter. Eu estava prestes a ir buscá-la. Então, finalmente, ela adentrou o quarto.
– Onde você estava? Eu não falei 15:00 h? – Reclamei, chateado.
– Calminha pangaré, eu estava esperando o momento certo, quando ninguém estivesse por perto. Não quero que ninguém saiba desse tal acordo que você inventou.
– Por quê?
– Dãããããããã, seu imbecil, não é óbvio? Não quero gozações, não quero ninguém achando que sou amiguinha, não quero...
– Ok, ok, ok! Cala a boca, Bella! Vamos logo iniciar essa aula, senta ali! – Indiquei a cama. Ela, felizmente, obedeceu e eu puxei uma cadeira, ficando de frente para ela.
Se Bella queria que nosso acordo fosse segredo, eu concordaria. Afinal, eu realmente não queria que minha mãe soubesse que a Swan só parou com a implicância por causa de uma interferência minha. Eu tinha certeza que Esme não aprovaria.
Respirei fundo, tentando concentrar-me na minha obrigação.
– Quero que você entenda uma coisa. Não é exatamente sua aparência que repele os homens, pirralha, e sim, o seu jeito. Você é completamente insana.
– Vai à merda, Edward! Insana é a sua cara!
– Viu só? É disso que eu estou falando! Você fala palavrão demais, vamos mudar isso. A partir de agora, você será uma moça educada, ou o que chegar mais próximo disso. Ou seja, nada de xingar, mostrar o dedo, ou bater nas pessoas. – Quando proferi aquelas palavras, me perguntei se aquilo era possível, mas eu tinha que fazer parecer que era.
Levantei-me, fui até o criado mudo, peguei um pote médio com uma tampa branca que havia reservado, e joguei em direção a Swan, que o pegou, desajeitada.
– O que é isso? – Perguntou ela surpresa.
– Considere-o seu melhor amigo a partir de agora. Leve-o para todos os lugares que você for. Sempre que você falar um palavrão, vai ter que colocar aí uma moeda de um Euro.
– Você está de onda, né?
– Não mesmo! – Afirmei altivo, para ela perceber que aquilo não era nenhuma piada.
– Porra Edward, pára de palhaçada! – Xingou Bella, jogando o pote na cama.
– Vamos pagando? – Pedi, sorrindo.
– Não vou pagar merda nenhuma!
– Agora são dois Euros! – Afirmei, lhe estendendo o pote.
Bella colocou as mãos na cintura me encarando, zangada. Eu não ia ceder. Fiquei lá com a mão estendida, lhe oferecendo o pote. Por fim, após bufar, Bella pegou uma pequena carteira vermelha no bolso da calça, e pagou os dois Euros.
– Boa menina! – Falei, ao ouvir o tilintar das moedas dentro do pote.
Ambos sentamos e eu pude voltar às minhas explicações.
– Não queremos que Jake considere você uma conquista fácil, certo? Uma garota de apenas uma noite. Então, você vai ter que bancar a difícil. Apesar de muitos negarem, nós, homens, gostamos de mulheres difíceis, afinal, tudo que é difícil acaba sendo mais gostoso. Esse lance de ficar esperando ele por horas, ou ligar a cada meia hora, nunca mais! Estamos entendidos? – Bella deu de ombros, acho que ela ficou meio constrangida de eu tocar naquele assunto, mas era necessário. – Outra coisa, quero deixar claro desde o início. Você será diferente das outras garotas, não do jeito ruim que é agora, e sim, de um jeito bom e surpreendente.
– Dá para falar a minha língua? – Perguntou ela, confusa.
– Não vou transformar você em uma patricinha, uma garota vulgar ou uma intelectual. Você será uma mistura de todas elas. O tipo de garota que sempre está antenada, sabe de tudo um pouco, sensual, provocante, mas que nunca cede às investidas dos homens, que se veste bem, usa salto, um visual levemente rebelde, mas não usa roupas de grife só para mostrar que tem dinheiro. Essa parte você entenderá melhor quando chegarmos à aula de como se vestir. Estou me fazendo entender até agora?
Bella coçou a cabeça. Eu notei que ela não havia entendido patavinas.
– É... entendi! – Mentiu ela, sorrindo amarelo. Não dei importância, ela ia entender no momento certo.
Suspirei e segui adiante com a aula.
– Lentava e anda, eu quero dar uma olhada!
– Ei! Eu já corri, não vou ficar andando também! – Resmungou Bella, cruzando os braços.
Porque aquela garota tinha que tornar tudo tão difícil?
– Eu só quero ver se consigo arrumar seu jeito desastroso de caminhar, ok?
Bella levantou-se, ajeitando a camisa, me lançou um olhar desconfiado e caminhou cerca de um metro. Era horrível, ela realmente andava como se tivesse uma perna maior que a outra, e eu não consegui conter o riso.
– Do que você está rindo?
– De você, lógico, do que mais seria? – Quando falei aquilo, Bella cerrou os olhos e fechou o punho – Ok, ok, sem estresse, pirralha. Mulheres não andam, elas desfilam. Então, deixe sempre a cabeça erguida, tente andar em linha reta E PELO AMOR DE DEUS, REBOLE! – Ordenei, enfatizando nas últimas palavras.
– Eu sei fazer isso, babaca! Olha só! – Respondeu ela, se achando muito esperta.
Bella caminhou totalmente desajeitada, mais parecia um bêbado cambaleando. Eu tive que detê-la, aquilo até doía de olhar.
– Pára, pára, pára! – Pedi, à segurando pelos ombros – Se andar assim, vão achar que você fumou crack. Eu vou te mostrar como deve ser.
– Essa eu quero ver. – Respondeu ela, com as mãos na cintura.
O que eu podia fazer? Tinha que mostrar a ela o jeito certo.
Ignorei o machismo e caminhei como eu acho que ela deveria andar, eu sei, totalmente gay, mas eu não tinha escolha. Não demorou para eu ouvir as gargalhadas.
– Põe seu lado purpurina para fora, Edward! – Bella ria descontroladamente. Então, eu soube que a aula estava sendo um desastre.
Ainda assim, a fiz caminhar umas 35 vezes. No início, foi um caos, mas após a vigésima quinta vez, ela estava, finalmente, entendendo o que eu quis dizer com “desfilar”. Bella ia ter que praticar muito.
Não estávamos tendo muito progresso e eu resolvi mudar de lição, antes que eu abandonasse o plano.
– Tudo bem, chega de caminhar. É melhor partimos para outra lição que não precise usar suas desastrosas pernas.
– Eu estava desfilando bem, viu? Você que fica com essa sua exigência de merda! – Respondeu ela, parecendo ofendida.
Nem respondi, apenas estendi o “pote do palavrão” para ela e Bella logo soube o que eu queria. Ela bateu o pé no chão algumas vezes, mas cedeu, colocando lá uma moeda.
– Nós precisamos revisar a aula do beijo, além de praticar, você precisa saber de alguns detalhes que não lhe expliquei. Mas, em outra aula veremos isso. Hoje, você irá aprender sobre algo que costumo chamar de pontos fracos.
– Que diabos é isso? – Perguntou a pirralha, já carrancuda.
– Quase todo mundo tem uma área no corpo sensível, algo que é explorado durante o beijo, geralmente é pescoço e orelha. – Respondi, achando que aquilo era o suficiente para fazer ela entender.
Bella’s POV
Porque Edward continuava a falar grego? Eu demorava uma eternidade para entender onde ele queria chegar. Mas eu também não ia dar o braço a torcer e admitir que estava completamente perdida.
– Vem cá! – Pediu ele, sinalizando com o dedo. Não pensei muito e fui– Vou ensiná-la como se deve beijar a orelha e o pescoço.
Arregalei os olhos. Edward sorriu, eu simplesmente odiava quando ele sorria torto daquele jeito.
– Está com medo, Swan? – Perguntou o imbecil, irônico.
– Não! – Menti. Eu estava sim, aquele lance de intimidade com o Cullen era bizarro demais.
– É simples, tudo que você tem que fazer é beijar levemente minha orelha. Sugar levemente o lóbulo funciona bem, mas quando a pessoa exagera é meio nojento, porque tem gente que acaba babando na nossa orelha, então, tem que ficar ligada nisso.
Eu estava tentando prestar atenção, mas confesso que me perdi no meio do caminho. Eu estava mais era preocupada em colocar minha boca na orelha do pangaré do Edward.
– Vai, vamos ver como você se sai! – Falou ele, inclinando-se e colocando a orelha próximo ao meu rosto.
– Eu tenho mesmo que fazer isso? – Perguntei, fazendo uma careta.
Notei que Edward revirou os olhos.
Tomei coragem e beijei rapidamente a orelha dele.
ECA, ECA, ECA!
– O que foi isso? Que desastroso! Você deu um beijo estalado que quase me deixou surdo. – Reclamou Edward, massageando a orelha.
– A culpa é sua, quem mandou ter uma orelha nojenta? – Lógico que eu ia revidar.
Edward balançou a cabeça algumas vezes.
– Eu vou mostrar a você como se faz, então, presta bem atenção!
Eu não soube ao certo o que fazer quando Edward aproximou-se, colocando as duas mãos na minha cintura e puxando-me para junto de si. Ele subiu a mão esquerda pelas minhas costas até a minha nuca, forçando-me à inclinar um pouco a cabeça até que minha orelha ficasse totalmente exposta, próximo aos seus lábios. Ele hesitou por um segundo e eu pude sentir seu hálito aquecendo minha pele. Edward então me deu um beijo delicado na orelha e minha respiração sumiu completamente, contornou toda a extensão da minha orelha com a ponta da língua e todos os pêlos do meu corpo eriçaram-se, em resposta. Estremeci, ao senti-lo mordiscar a cartilagem. Em seguida, chupou suavemente meu lóbulo.
Eu nunca havia sentido uma sensação parecida, uma mistura de choques, arrepios e cócegas. Era estranhamente agradável, meus olhos fecharam-se e todo o ar que antes havia sumido abruptamente, apareceu, me fazendo arfar pesadamente. Para minha surpresa, Edward apertou-me ainda mais contra seu corpo, e sua boca foi descendo lentamente para o meu pescoço. Eu não sei como foi possível minha pele arrepiar-se ainda mais. Sentia como se uma descarga elétrica percorresse todo meu corpo, me proporcionando um, até então, desconhecido prazer. Era como se uma chama subisse vagarosamente dos meus pés até a cabeça, ela consumia minha carne, enquanto sentia a língua do Cullen em meu pescoço, lambendo-me. Ele sugou minha pele, e provocou, dando-me sutis mordidas. Eu já não estava suportando, meu corpo estava ardendo em labaredas desconhecidas.
– Hum... – Eu ouvi o gemido, e rezei para ele não ter saído de mim. Edward afastou-se, me encarando. Aí meu medo se confirmou. Sim, fui eu que gemi. Cara, que vergonha!
– É, acho que eu demonstrei o suficiente. – Falou ele, dando um passo atrás.
Eu baixei a cabeça totalmente constrangida. Deveria estar mais vermelha que uma pimenta malagueta. Para o meu azar, Edward percebeu que eu estava quase explodindo de vergonha.
– Tudo bem, eu sei que eu sou bom! – Riu ele, prepotente – Além disso, o objetivo é esse, tornar o ato prazeroso. Entende agora porque tem que aprender?
Sinalizei que sim com a cabeça.
– Muito bem, agora é sua vez. Não é possível que você não tenha aprendido. – Murmurou ele, inclinando-se novamente em minha direção.
– Está falando de beijar o seu pescoço fedorento também? – Perguntei, fazendo cara de nojo. Confesso que ele não fedia, mas eu não sabia o que falar naquele momento.
– Lógico! – Respondeu o Cullen, visivelmente impaciente.
Respirei fundo, tomei coragem e então fui aproximando meus lábios de sua orelha com o objetivo de provar ao Edward que eu não era uma lesada, que eu podia ser tão boa quanto ele, ao menos eu daria tudo de mim para provar isso. Então...
TOC TOC TOC!
Sobressaltei devido ao susto causado pelas batidas na porta.
– Edward, sou eu, Rose!
Edward bufou. Eu jamais ouvi ele bufar daquele jeito, alto e contrariado.
– EDWARD! – Gritou Rosalie.
Eu não sabia o que fazer, ela não podia me ver ali. Olhei à minha volta e corri para o banheiro. Deixei a porta entreaberta, pois fiquei curiosa. O que Rosalie queria, afinal?
– Oi, Rose. – Cumprimentou Edward e eu deduzi que, à essa altura, a porta já estava aberta.
– Edward, vamos dar uma volta, tem um lugarzinho que quero te mostrar, você vai adorar, meu bem.
QUE OFERECIDA!
Não que eu me importasse com aqueles dois, mas eu não fazia idéia do quanto minha irmã era direta.
– Sabe Rose, eu estou meio cansado. Acho que vou ficar aqui pelo quarto mesmo. Quem sabe mais tarde? – Respondeu Edward, em um tom engraçado. Por um segundo, me perguntei o que estava passando pela cabeça dele.
– Oh meu bem, tadinho de você. Eu vou ficar aqui e te dar um pouco de mimos, acho que você vai se sentir melhor! – Falou ela, com voz manhosa.
Congelei! Rose ia ficar? Como eu ia sair? Oh, meu Deus!
– Eerrr... sabe que dar uma volta seria legal? Pois você ainda não andou na minha Suzuki. – Falou Edward, parecendo empolgado.
– É assim que se fala, Edward! Vamos logo!
Ouvi o barulho da porta fechando-se e então saí do meu esconderijo, aliviada por Rose não ter me visto ali com o Cullen. Como eu iria me explicar?
Edward’s POV
Já era noite quando eu e Rosalie retornamos a casa, eu até me diverti um pouco com ela. Mas estava ansioso para falar com Emmett, eu tinha uma pergunta martelando em minha cabeça há dias.
Rosalie segurava meu braço quando adentramos a sala. Fiquei feliz de dar de cara com Emmett e Carlisle.
– Edward, você não sabe da maior, cara! – Falou meu irmão animado.
– O que foi? – Perguntei.
– Um antigo amigo italiano está promovendo uma festa à fantasia em sua mansão, ele faz questão da presença de todos nós. Eu aceitei o convite, achei que vocês iriam gostar. – Falou Carlisle, com seu sorriso amistoso.
– Uau, pai! Isso é demais! Quando vai ser? – Vibrou Rose.
– Amanhã à noite, querida, então significa que vocês tem pouco tempo para comprar as fantasias. – Respondeu ele, animado.
Minha mente logo começou a trabalhar. Aquela era uma boa oportunidade para Bella e Jake.
– Carlisle, tem algum problema se eu levar um amigo? – Perguntei.
– Não Edward, tudo bem. Marius não se importará.
– Obrigado, Carlisle! – Eu sabia que Bella não estava pronta, nem perto disso, mas não queria perder aquela oportunidade. Precisaria dar um jeito qualquer para ela tirar a impressão de louca que deixou no meu amigo. Eu sabia que Jake aceitaria o convite, a palavra “festa” sempre lhe chamava a atenção, assim como sempre chamou a minha.
– As meninas já sabem? – Perguntou Rosalie.
– Eu estou indo contar para elas agora mesmo! – Afirmou Carlisle, preparando-se para subir as escadas.
– Espera pai, eu vou com você, Alice vai pirar! – Disse Rosalie, animadíssima.
–
Assim que eles saíram, puxei Emmett para o jardim, ele me acompanhou, resmungando.
– Cara, eu estou com um problema. – Disse-lhe meio angustiado.
– O que foi, Edward?
– Teve uma noite aí, que Rosalie foi até meu quarto, eu estava até gostando, queria tirar o atraso, mas no final eu bem... eu... eu...
Emmett arregalou os olhos.
– EDWARD, VOCÊ BROX... – Tapei a boca do idiota rapidamente, eu não queria que toda a casa ouvisse meu problema. Mesmo com a boca bem tapada, Emmett gargalhava descontroladamente. Eu realmente quis dar um soco nele.
– Você não pode rir muito de mim, foi você que broxou primeiro! – Falei, na tentativa de contê-lo.
E deu certo. Emmett ficou carrancudo imediatamente, então, pude tirar a mão da boca dele.
– Cara, o que está acontecendo com a gente? Será que nós estamos virando...
– Não ouse terminar essa frase, Emmett Cullen! – Interrompi, ameaçando.
– Ei, ei, será que o problema são as garotas Swan? Quem sabe elas tem uma maldição bizarra do sexo que façam os homens broxarem. – Falou ele, esfregando o queixo e parecendo intrigado.
Revirei os olhos. Certo que a teoria do Emmett era uma furada, mas eu estava seriamente inclinado a acreditar nela. Isso era melhor do que admitir que eu estava falhando.
– Sabe de uma coisa? Agora o Jasper está namorando a Alice, deveríamos perguntar se ele também anda falhando.
Emmett se empolgou com a minha idéia, e ambos fomos correndo até o quarto do nosso irmão mais novo.
Adentramos sem bater, e flagramos nosso irmão limpando o quarto. Meu Deus, quantas vezes ele faz isso por dia?
– NÃO ENTREM! – Gritou ele.
– Por quê? – Perguntou Emmett.
– Tirem o sapato primeiro! – Ele respondeu sério.
Não era a primeira vez que ele nos fazia aquilo. Emmett e eu tiramos os sapatos e, então, finalmente entramos.
– Jazz, tem um lance sinistro acontecendo com a gente, uma maldição. Queremos saber se você também está amaldiçoado! – Disse meu irmão mais velho, segurando Jazz fortemente pelos ombros.
Quando foi que a teoria do Emmett virou fato?
Jasper me fitou como se pedisse ajuda para entender.
Resolvi falar de uma vez, para tornar aquele momento o menos constrangedor possível.
– Assim como Emmett, eu também falhei na hora “H”. Estamos aqui para saber se algo parecido está acontecendo com você.
Jazz suspirou e sentou-se na cama, parecendo derrotado.
– Sim, também aconteceu comigo!
Emmett colocou a mão na boca, chocado, seus olhos pareciam que iam saltar para fora. Confesso que também fiquei surpreso.
– É A MALDIÇÃO, A MALDIÇÃO! – Berrou o bizonho, erguendo as mãos no ar.
– Nada de pânico, deve ter um explicação lógica para isso. – Afirmei, antes que Emmett saísse gritando pela casa que estava amaldiçoado – Jazz, explica para mim como isso aconteceu.
– Ontem à noite, eu e Alice estávamos no quarto dela, é... como devo dizer, estávamos... bem... estávamos...”
– FALA LOGO, PELO AMOR DE DEUS! – Interrompeu Emmett, impaciente.
– Droga Emmett, deixa ele contar! – Falei chateado.
– Estávamos namorando, algumas carícias foram trocadas. Mas eu não fui além disso, pelo motivo que vocês já sabem. – Jazz estava muito envergonhado. Me perguntei como ele conseguia ser tão tímido.
– Jasper, até onde eu sei você ainda é virgem, certo? Talvez seu problema seja algo relacionado a isso. – Falei, tentando manter a conversa em um nível realista.
– Eu cheguei a pensar nessa possibilidade, mas quando estávamos namorando, eu toquei em partes do corpo de Alice, partes tipo...
– Tudo bem Jazz, não precisa entrar em detalhes, isso é tudo muito novo para você.
– Droga Edward, deixa ele contar! – Falou Emmett, imitando as palavras que a pouco pronunciei.
– Vamos ter um pouco de foco nessa conversa. Precisamos saber o que está havendo de errado conosco, não somos assim, nós mandamos ver, certo? – Eu falei tentando animá-los, mas não consegui animar nem a mim mesmo.
– Gente, eu tô dizendo, é a maldição, a maldição das garotas Swan!
– Emmett, isso é bobagem. Deve existir outra explicação como disse o Edward. – Respondeu Jazz, mas não senti segurança em sua voz.
– Sim, a outra explicação é que todos nós viramos...
– CALA A BOCA EMMETT! – Gritamos Jasper e eu ao mesmo tempo.
– Caras, eu tenho uma plano! – Informou o irmão mais burro do mundo, com um largo sorriso.
(...)
Já passavam da meia noite. Emmett, Jazz e eu estávamos na sala. Nos asseguramos que todos já haviam dormido para pôr o infeliz plano de Emmett em ação. Eu não concordei a princípio, mas o fato de estar me sentido meio gay me obrigou à apelar para um sessão de filmes pornô e cervejas. Foi difícil convencer Jasper, devido a sua timidez, mas acho que ele também estava sentindo a necessidade de expressar alguma masculinidade.
– Vocês vão adorar esse filme, eu baixei da internet, se chama bundas frenéticas. – Falou Emmett, colocando o DVD no aparelho, enquanto meu irmão e eu sentávamos no sofá.
Jasper me fitou, acho que assim como eu, ele estava achando aquilo desespero demais. Emmett sentou-se ao meu lado, satisfeito.
– E lá vamos nós! – Exclamou ele apertando o botão play do controle remoto. E nada de filme. – Ué, o que aconteceu? – Perguntou ele, pressionando algumas vezes o botão play.
– Emmett, seu filmão não está funcionando. – Resmungou Jasper.
– Está sim, deve ser algum defeito nesse aparelho de DVD idiota. – Respondeu ele, chacoalhando o controle remoto.
– Eu vou dar uma olhada no DVD. – Falei, levantando-me contra a minha vontade.
Foi aí que ouvimos vozes vindo da escada. Virei-me surpreso, quando percebi que Bella e Alice já se aproximavam de nós. Por puro azar, ou uma tremenda sacanagem do destino, o filme começou a ser exibido.
– OLHA, ESTÁ FUNCIONANDO! – Gritou ele animado, mas logo se deu conta que as meninas já estavam próximas demais. – ESTÁ FUNCIONANDO, OH NÃO, ESTÁ FUNCIONANDO! – Jasper e eu corremos em direção à TV e tentamos fazer uma barreira visual com nossos corpos, para que elas não vissem a imagem pornográfica. Eu estava puto, não precisava que as garotas Swan soubessem a que ponto de desespero eu e meus irmãos chegamos.
– Oi, o que você estão fazendo? – Perguntou Alice.
Emmett tentava desesperadamente parar o filme, apertando todos os botões ao mesmo tempo.
– Vendo um filme. – Respondeu Jasper com um sorriso amarelo, tentando parecer relaxado, mas ele já estava suando.
– Qual o filme? – Perguntou Bella, bebendo um pouco da água que continha no copo em suas mãos.
Abri a boca para responder, mas meu cérebro não acompanhou. Meus irmãos me fitaram, esperando que eu respondesse. Só para piorar, o gemido altíssimo de uma mulher veio da TV atrás de mim. Eu queria matar a pessoa que deixou a TV no último volume.
– É um... filme de terror! – Respondi, engolindo seco. Foi a única resposta que eu consegui pensar, para explicar o gemido.
– Ah que legal, vamos assistir Bella, nós não estávamos mesmo conseguindo dormir. – Falou Alice, para o nosso pesadelo, jogando-se no sofá.
– E agora? – Sussurrou Jasper, pelo canto da boca.
Meu Deus, me tira desse pesadelo. Isso não pode ficar pior!
– O que todos vocês estão fazendo acordados?
– MÃE? – Gritamos eu e meus irmãos, totalmente surpresos.
Será possível que estávamos tão aflitos com a situação que não percebemos nossa mãe descendo as escadas? Ela sorria inocente.
Os gemidos vindo do filme não cessaram.
– Saiam da frente da TV, nós queremos ver o filme. – Reclamou a intrometida da Bella.
– Edward, Jasper, não sejam mal educados, deixem as garotas assistirem o filme também. – Murmurou Esme.
OK, ALGUÉM ME MATA, ME MATA AGORA!
(Continua...)
Nenhum comentário:
Postar um comentário