16 março 2011

REMEMBER ME - CAPÍTULO 6

Boa noite pervinhas do meu coração! Depois daquelas fotos maravilhosas, de fãs ultra-sortudos, de Robsten; vamos a mais um capítulo da nossa FIC sobre esse casal Maraaaaaaaaaa!Ótima leitura!

 Capítulo 6


Jules Stewart? – murmurei comigo mesma, surpresa. Minha mãe era ótima escritora, claro. Mas nunca tinha feito um roteiro sozinha, se limitando a apenas supervisionar os dos outros. Quantas coisas mais haviam mudado em sete anos?


Eu comecei a ler o roteiro curiosa e quando terminei, mal podia esperar para ligar pra minha mãe e falar com ela sobre a história, que era muito boa.


Peguei o telefone e disquei seu número, momentaneamente esquecida dos motivos que eu tinha prometido não ligar. E fiquei feliz ao ouvir sua voz.


-Mãe!


-Kristen, você está bem?


-Estou.. quer dizer… estou tentando.


-Rob me disse que já saiu do hospital.


-Sim, ontem… espera, ele te ligou?


-Claro que sim. Ele sabe que queremos saber como você está.


-Sei… estão tão preocupados que nem pra me avisarem de um pequeno detalhe insignificante como, por exemplo, eu ser casada com ele!


-Kristen, nós apenas achamos que fosse melhor…


-Como pode ser melhor? Sabe o susto que eu tomei? Eu fui ver o Michael!


-Rob me contou isto também.


Eu comecei a ficar irritada com aquele papo de “Rob me disse pra cá, Rob me disse pra lá”. Não era uma coisa natural pra mim ligar aquele quase estranho a minha mãe.


-Eu ainda estou muito brava com vocês por isto.


-Kristen, não aja como uma pirralha de 17 anos, por favor. – Minha mãe falou impaciente.


-O que? Quer que eu aja como? Na minha mente eu tenho mesmo 17 anos.


-Pois tem que se lembrar que não tem mais 17 e sim 24.


-Certo. É difícil quando as pessoas ficam escondendo detalhes da sua própria vida de você.


-Você precisa se esforçar para lembrar.


-Eu estou de saco cheio deste papo. Eu preciso que me contem o que aconteceu comigo nestes sete anos! Poxa, eu me casei e ninguém nem pra me contar.


-O Rob acha que é melhor assim. É muita informação pra quem não lembra de nada…
-Espera aí. Foi o Rob que pediu pra você não me contar nada?

-Kristen…
-Foi ele?

-Sim, foi.

-Mas que filho da…

-Kristen, pára de ser irracional. Está lutando contra algo que é irremediável. Ele está com você agora e tem que confiar nele.

-Como eu posso confiar em alguém que esconde coisas de mim e ainda envolve minha própria família?

Eu sabia que estava agindo como uma criança mimada, mas não conseguia evitar. Eu estava puta com o Rob.

-Kristen…

E ouvi um barulho de um carro chegando.

-Preciso desligar.

E sem mais, desliguei na cara da minha mãe. Talvez eu me arrependesse deste comportamento depois, mas no momento eu queria sangue.

Eu corri pra janela e vi Rob cheio de sacolas e Megan conversando com ele ainda lá fora. Nossos olhares se encontraram e meu rosto deve ter denunciado algo.

-Kris… – ele fitou Megan e eu não soube dizer se ele estava alarmado ou preocupado. Mas eu não esperei para saber, eu disparei pelas escadas.

-O que aconteceu? – ele indagava.

-Eu não sei. – Foi a voz confusa de Megan.

E eu os alcancei.

-Ela se lembrou? – Foram suas palavras estranhas e eu me aproximei e o empurrei.

As sacolas caíram de suas mãos.

-Seu imbecil! – O empurrei mais uma vez.

-Hei… o que deu em você?

-Pediu pra minha mãe não me contar nada! Como pode?

-Era para seu bem. – Ele falou comedido, como se falasse com alguma criança malcriada e isto me irritou ainda mais.

-Você não tinha o direito!

-Kris, acalme-se.

-É melhor eu ir ver o almoço. – Megan murmurou e se afastou rapidamente.

Era bom mesmo que ela se afastasse porque eu estava tão nervosa que podia sobrar para qualquer um.

-Não quero me acalmar. – Gritei – Estou cansada de ficar no escuro!

-Eu sei que deve ser horrível pra você…

-Horrível? Esta situação é no mínimo irreal! Eu não conheço você, eu não conheço esta casa! Estou cansada de tentar entender. Quero ir embora daqui. Quero ir pra minha casa. – Desabafei.

Rob passou a mão pelos cabelos num gesto que eu já tinha aprendido identificar nele, como algo a ver com frustração ou nervoso. E quando ele me fitou seu olhar estava carregado de angustia.

-Sua casa é aqui.

-Ah é? Então me prove! Prove que somos realmente um casal, prove que eu vivo mesmo com você, porque eu não sinto isto! – Eu gritava como se pra mim mesma. Eu estava frustrada comigo mesma.

-Você viu a nossa foto.

-E daí? Não prova nada! Trabalhamos juntos não foi? Como eu posso ter certeza que é o que realmente diz ser?

-Você falou com sua mãe. Acha que eles iam mentir pra você? Acha que sua família a deixaria aqui comigo se não fosse verdade?

Eu engoli em seco. Mas é claro que não. No fundo eu sabia que era tudo verdade. Mas não lembrar era tão irritante que eu tinha que descarregar em alguém.

Eu estava mesmo sendo irracional. Respirei fundo, tentando me acalmar.

-Você tem que me contar. Por favor... – Eu pedi – Ou existe algum motivo pra não me contar? – De repente este pensamento se formou na minha mente vindo de não sei onde.

Era isto? Haveria algo a esconder de mim?

-Eu quero que você lembre, Kristen. – Ele respondeu.

-Eu me lembrei. – Eu soltei de repente e Rob ficou alerta.

-Se lembrou? Do que? – Indagou ansioso e eu me senti culpada por ter achado que ele não quisesse que eu me lembrasse.

-Eu não sei… Se foi uma lembrança… Ou apenas um sonho…

Eu comecei a me sentir vermelha e desviei o olhar.

-Conte-me.

Eu mordi os lábios e então fomos interrompidos.

-O Almoço está pronto.

Eu respirei aliviada ao ouvir a voz de Megan, mas Rob soltou uma imprecação.

-Agora não, Megan.

-Será que podemos falar sobre isto depois? – Perguntei – Estou realmente com fome.
Ele parecia que ia insistir, mas assentiu.

-Tudo bem. Você me conta depois.

-Combinado.

Nós almoçamos em silêncio e eu comecei a me sentir nervosa. Como é que eu ia contar pra ele? Eu estava morrendo de vergonha, o que era completamente irracional. Éramos casados, droga. Mas era estranho, já que eu não me lembrava deste detalhe.


-Rob, telefone pra você. – Megan entrou na sala e anuciou e ele se levantou e foi atender.

Eu encarei Megan.


-Quem era? – Perguntei como quem não quer nada.

-Era das gravações daquele filme de vocês, eu acho… – Ela falou distraída.

Eu franzi a testa. “Filme de vocês?” Será que ela falava assim porque minha mãe também estava no projeto? Provavelmente. E o que Michael estaria fazendo no mesmo filme que o Rob? Seria por causa da minha mãe? Perguntas, perguntas, perguntas.


Eu sentia que minha cabeça podia estourar cheia delas.


-Perdi o apetite. – Resmunguei e me levantei.

-Onde vai?

-Fala para o Rob que fui para meu quarto. – Eu não ia falar nosso quarto. Porque agora não era mais nosso quarto mesmo…

-Você está bem? – Megan indagou.

-Estou com dor de cabeça.

-Tome um comprimido.

-Não, não quero. Eu só preciso… fechar os olhos.

Eu subi as escadas e então ouvi a voz de Rob baixinho no telefone. Me deu vontade de voltar e ficar escutando atrás da porta, mas eu contive minha curiosidade.


Mesmo porque minha cabeça estava mesmo começando a doer. Eu entrei no quarto e fechei as cortinas. Sentei na cama e abrindo a gaveta, peguei a foto de nós dois. Me deitei e fiquei olhando para aquela foto, como se algo pudesse sair da minha mente.


Como se eu pudesse me lembrar do dia que ela fora tirada. Mas nada saiu. Fechei os olhos com força, largando a foto na cama e deitando de bruços, lutando contra o nó na minha garganta e o vazio no meu peito.


Mas mesmo assim, eu sentia lágrimas quentes rompendo meu controle e eu enterrei a cabeça no travesseiro. Eu não sei dizer quanto tempo depois eu ouvi a porta abrir e passos se aproximando. Dedos mornos tocaram meu rosto retirando os fios de cabelo da minha face eu abri os olhos.


-Você está bem?


Os dedos dele permaneciam em meu rosto, como se fosse algo muito natural estar ali e eu senti um aperto no peito. Provavelmente era natural. Eu apenas não me recordava disto. E este pensamento me encheu de angústia de novo. Eu sentei na cama e uma parte de mim quase lamentou quando ele retirou a mão do meu rosto.


-Estava chorando? – Notando as lágrimas no meu rosto.

Eu forcei um sorriso.

-Estou com dor de cabeça. – Murmurei.

Ele estendeu um copo pra mim e um comprimido.

-Megan me falou. Tome isto.

-Eu não…

-Tome, o médico falou que é normal sentir isto, enquanto…

-Estiver com a amnésia. – Completei irônica.

-Sim.

Eu peguei o comprimido e o copo e o tomei. Rob se sentou a minha frente.


-Não finja que está tomando.

-Não me trate como criança.


Ele riu.


-Às vezes você parece criança.

E o fitei curiosa, enquanto tomava o comprimido.


-Eu tinha 17 anos quando nos conhecemos… quase criança mesmo. Quantos anos você tinha?

-21.

-Oh.. Isto soa meio pervertido.

Ele sorriu.


Aquele era um sorriso de tirar o fôlego e com certeza tirou um pouco do meu. Mordi os lábios desviando o olhar e vi a foto. Ele pegou o porta- retrato.


-Quando tiramos isto?

-Há alguns anos.

-Quando nos conhecemos?

Ele riu.


-Não… não éramos assim tão... íntimos quando nos conhecemos.

-Conte-me. – Pedi – Conte-me como foi que… nos conhecemos.

-Foi no teste.

-Sim, no filme de vampiro. Eu lembro de estar lendo o roteiro, tinha um beijo.

-Você beijou muitos caras naquele dia.

-Sério? Quantos?

-Uns 4, eu acho.

-Não são tantos. – Eu ri, tentando imaginar. – E qual era seu número.

-Eu fui o último.

-E como foi?

-Foi… constrangedor. Eu me sentia ridículo. Nem sabia o que estava fazendo lá.

-Estava lá porque queria fazer o filme.

-Não… até aquele momento eu não sabia, mas quando eu vi você… eu soube o que estava fazendo ali.

-Como assim? – Murmurei perdida na intensidade de suas palavras.

-Eu quis fazer por você.

Eu senti algo quente e novo se alastrando dentro de mim, fazendo meu coração disparar e o ar tornar-se rarefeito e apertei o copo com força.


-E…?

Ele deu de ombros.


-E fomos para o Oregon.

-Só isto?

-Você tinha um namorado.

-Oh… Michael. – Eu pronunciei o nome dele com pesar.

Era estranho que há alguns dias eu achasse que Michael era o cara na minha vida. Como sempre fora. E agora, eu já não sentia aquela necessidade.


Seria conformação? Eu me conformara que Michael não mais fazia parte da minha vida. Não como namorado pelo menos? Como seria que eu tinha o trocado por Rob?


-Bom, deve ter muito mais nesta história se chegamos até aqui.

Ele passou a mão pelo cabelo.

-Muito mais… – Ele parecia meio irritado, como se lembrasse de coisas desagradáveis.

Eu sentia uma curiosidade insana de saber.

-Você disse que ia me contar.

-Não. Você disse que ia me contar seu sonho.

-Oh – eu desviei o olhar – Você podia me contar como foi depois do teste primeiro. – Insisti.

-Não. Se você se lembrou de algo, preciso saber.

-Eu nem sei se é uma lembrança, é mais possível que seja um sonho maluco mesmo.

-Me conte e eu te digo.

-Vamos fazer assim. Primeiro você me fala sobre o filme e depois eu te conto o sonho.

-Você não quer saber sobre o filme…

-Claro que eu quero. Na minha mente ele e só um roteiro!

Sim, eu tinha curiosidade sobre isto também, mas tinha muito mais sobre a nossa história nos bastidores. Ele me encarou por um momento.


-Certo. – Ele levantou-se e estendeu a mão. – Venha comigo.

-Pra onde? – Indaguei desconfiada.

-Um lugar onde suas perguntas serão respondidas.

Eu sorri, satisfeita e segurei sua mão. Ele me levou para uma grande sala confortável e pediu para eu me sentar. E então eu percebi o que ele estava fazendo ao vê-lo mexer em um DVD.


-Não. Isto e golpe baixo.

-Você disse que queria ver o filme.

-Eu queria que você me contasse…

Ele riu e sentou ao meu lado e apagou a luz.


-Você não escapará das minhas perguntas depois. – Resmunguei.

-Tenho certeza que não.

O filme começou e eu deixei meus olhos vagarem pela imagem.


Eu estava diferente, não porque tinha uma percepção de mim mesma há sete anos, porque pra mim aquilo podia ter sido gravado ontem. Mas por que eu estava com lentes de contato e cabelo diferente.


E Rob também. Eu comecei a rir.


-Esta maquiagem é… horrível.

Ele riu também.

-Eu usei batom.

-Estou percebendo.


O filme tinha muitos defeitos, o que era compreensível sendo de um orçamento baixo, mas havia algo ali.


Algo entre mim e Rob. Era química pura e simples. Era… inegável.


Nossa interação na tela me deixou muito mais consciente de sua presença ao meu lado.


E quando ele me beijou no filme, eu senti uma vontade quase irresistível de ser beijada por ele agora.


Seria assim que eu me sentia naquela época? Totalmente perdida de um desejo inevitável e irresistível? Fora assim que ele me roubara de Michael? Quantas daquelas cenas era apenas interpretação e quanto havia de nós dois lá?


O filme acabou e eu senti numa necessidade fremente de me afastar. De botar alguma distância entre nós. Me levantei e abri as cortinas, deixando a claridade do fim de tarde entrar na sala.


-Alguma coisa? – Ele indagou desligando a TV.

-O que?

-Você não se lembrou de nada vendo o filme?


Eu sacudi a cabeça negativamente, caminhando distraída, passando os olhos pelos inúmeros DVDs numa prateleira.


-Quais filmes aqui são nossos?

-Alguns.


Eu passei os dedos pelos títulos, reconhecendo alguns antigos.


-Último tango em paris? – Perguntei o fitando interrogativamente.

E ele sorriu.


-Este tem significado.

Eu franzi o cenho.


-Significado? Para nós?

-Sim.


Eu fiquei curiosa, mas tinha um certo receio de perguntar. Eu já tinha ouvido falar daquele filme e visto algumas cenas.


-E este significado… é algo recente?

-Não, da época do Oregon.

Desta vez eu parei.


-No Oregon? Nós vimos O último tango em Paris no Oregon.

-Pode apostar que sim.

-Uau… – Exclamei distraída – Então acho que as coisas rolaram lá mesmo não é?

-Algumas. – Ele caminhou até a janela distraído.

-Então foi assim que decidimos… ficar juntos?

-Decidir acho que não é bem a palavra.
-E qual usaria?

-A gente apenas… andou em círculo no Oregon.

-Por causa do Michael? – Murmurei.


Era muito ruim pensar que eu traia o Michael com ele, mas tudo levava a crer que era o que tinha acontecido.


-Também… havia… outros fatores.

-Você também tinha uma namorada? – indaguei.

Sim, ele bem poderia ter alguém com ele na época. E eu me choquei por esta constatação me deixar irritada. Eu não poderia estar com… ciúmes. Era ridículo.


-Não, eu não tinha.

-Então o maior problema era meu namorado. – Afirmei.

Eu quase podia imaginar. Eu era uma garota racional. Que racionalmente escolhera namorar o melhor amigo. E então conhecia um cara como Rob. Ele devia ter virado meu mundo do avesso. Eu sorri comigo mesma.


-Eu imagino que não foi mesmo nada fácil. Eu não consigo… me imaginar apenas… largando tudo e ficando com você.

Ele sorriu também, com uma ponta de pesar.

-Sim, você não largou tudo.

-E o que você fez?

-Eu esperei.

-Me esperou... – Murmurei.

-Sim.

-E valeu à pena… esperar?

-Sempre vale à pena esperar por você.


Eu desviei o olhar para as ondas que batiam na praia. Uma dor comprimindo meu peito.

-Acha que vai valer a pena esperar agora?

-Eu devo esperar?


A pergunta pairou no ar perigosamente. Sim. Ele podia esperar por mim? Esperar que minha memória voltasse e eu me lembrasse de como era ser apaixonada por ele?


-E se eu nunca me lembrar?

-Você disse que se lembrou de algo.

Eu respirei fundo.


-Estávamos numa varanda… era um lugar bonito, ensolarado. E eu fumava um cigarro e... Você estava há alguns metros de distância tomando uma coca-cola e… de repente – eu gaguejei e lutei pra continuar – Eu me aproximei e… sentei no seu colo e começamos a … nos beijar… e…

-E a carreguei para dentro do bangalô. – Ele continuou.

-Como sabe que... – Eu tapei a boca com as mãos.

Era verdade então. Não fora um sonho.


-E eu acordei… e não me lembro do resto. – Sussurrei.


Ele me fitou com os olhos verdes intensos.

-Nós fizemos amor.


Eu desviei o rosto. Sentindo meu corpo se aquecendo com a lembrança do sonho. De como fora sentir suas mãos sobre mim, sua boca… e de como eu lamentara ter acordado. E agora eu sabia que nós tínhamos terminado. Eu quis desesperadamente me lembrar.


-Onde estávamos? – Murmurei.

-Era um domingo e estávamos num bangalô do Charlie Hotel em Los Angeles, tínhamos voltado na noite seguinte da Itália, onde filmávamos o segundo filme da série. E naquela noite você ganhou seu primeiro prêmio na MTV.

-Eu ganhei um prêmio? – Indaguei surpresa. Eu nunca ganhava nada. Rob sorriu.

-Você ganhou alguns depois deste…

-Uau… quando foi isto?

-Há quase cinco anos.

-E estávamos juntos então.

-Sim. Nós finalmente paramos de andar em círculo.

-E nós ficamos juntos desde aquela época até agora?

-Sim.

-E quando nos casamos?

-Alguns meses depois.

-Parece bem… simples.

Ele riu.

-Nada nunca é simples com a gente.

-Claro, olhe para nós agora. Eu não me lembro de nada por mais que me esforce. Eu só queria… saber.

-Me desculpe... – Ele murmurou de repente.

-Por que?

-Por não te ajudar. Por não ser capaz de fazê-la lembrar.

-Não é culpa sua.

-Eu não posso… vê-la sofrer e não fazer nada.

-Você está fazendo. Você está do meu lado.

Sim, eu estava sendo sincera. Naquele momento, eu percebia que qualquer outra pessoa já teria me largado sozinha com minha estupidez. Mas não Rob. Ele esperaria.


-Vai esperar novamente não vai?

-O quanto for preciso.

-Então basta.


Continua…

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