11 março 2011

REMEMBER ME - CAPÍTULO 4

Boa noite Pervinhassss! Mais um capítulo da FIC! Segunda-feira, teremos um novo capítulo. Quanto a foto do post, leiam e vocês entenderão o porquê da foto.

Capítulo 4



Eu acordei atordoada, abri os olhos e olhei ao redor. Onde estava? Parecia um… trailer?
-Você está bem?
A voz vinha do outro lado do trailer e eu a reconheci. Estava me tornando craque em reconhecê-la agora. Eu o fitei atordoada, de repente me lembrando porque tinha desmaiado. E meu coração se apertou.

Não. Não. Não.

Não podia ser verdade. Podia? Era surreal demais.

-É verdade? – Indaguei num fio de voz.

Querendo que ele risse e dissesse que era tudo uma pegadinha. Mas seu semblante grave dizia que nada daquilo era brincadeira.

-Sim, é.

Eu fechei os olhos com força e quando os abri o encarei com raiva.

-Eu passei uma semana naquele hospital e você me viu todos os dias, quando é que pretendia me contar este pequeno detalhe?

-Você não estava preparada para ouvir isto.

-E estaria quando? – Quase gritei me levantando e senti uma tontura de novo. Ele se aproximou rápido e segurou meu braço, mas eu o repeli. – Não põe a mão em mim!

Ele me soltou sem reclamar e eu cobri o rosto com as mãos.

-Isto não pode estar acontecendo…

-Kris, eu sei como deve ser difícil…

Eu levantei a cabeça e o fuzilei com o olhar.

-Difícil é uma palavra bem moderada pra explicar o que estou sentindo agora!

Ele respirou fundo eu pude perceber que ele estava se contendo para não explodir.

-Você precisa se acalmar. Vou levar você de volta para o hospital.

-Não quero e nem preciso voltar pra lá. Já estou bem. Quero ir pra minha casa. Quero ir pra Los Angeles.

-Você não mora mais em Los Angeles Kristen.

Ele falou isto com uma compaixão na voz, como se estivesse sentindo muito pelo o que eu estava passando agora.

E eu estava mesmo à beira de um colapso.

Se já não fosse ruim demais saber que eu tinha perdido sete anos da minha vida, ainda teria que lidar com a novidade insana de que eu era casada. E com uma pessoa que eu nem conhecia.

Fechei os olhos novamente, tentando forçar as lembranças. Mas nada aconteceu e eu me senti exausta. Física e emocionalmente.

As lágrimas vieram fácil e um soluço cortou minha garganta. Desta vez eu não o empurrei quando senti seus braços em volta de mim e deixei que ele me abraçasse enquanto chorava por toda aquela confusão a minha volta.

E então eu percebi, enquanto encharcava sua camisa e sua mão acariciava meus cabelos, que não adiantava nada eu fugir.

A realidade era aquela ali na minha frente. E por mais que eu quisesse voltar no tempo, isto seria impossível. Eu tinha que me esforçar para aceitar… e lembrar.

-É mesmo tudo verdade não é? – Sussurrei quando parei de soluçar.

-Eu sinto muito que não se lembre Kris.

-Eu também. – Murmurei – Eu queria tanto lembrar – Minha voz não passava de um sussurro amedrontado.

-Eu prometo que vou te ajudar… eu preciso que se lembre… de mim.

Eu me afastei dele um pouco e o fitei. E pela primeira vez eu me pus em seu lugar.

Se tudo aquilo era mesmo verdade, e eu já estava me resignando que era, então devia ser horrível pra ele que eu não me lembrasse de nada. De nenhum dos nossos momentos juntos.

Eu nem me lembrava dele!

-Eu sinto muito… por não lembrar… Desculpe por estar agindo assim você… deve ser horrível.

Ele sorriu.

-Não é culpa sua.

-Acha mesmo que eu vou me lembrar?
-Tenho que acreditar nisto.

-E se eu não lembrar? – Eu expressei meu maior medo.

Ele levantou a mão e seus dedos tocaram meu rosto, enxugando algumas lágrimas que ainda estavam por ali.

-Então teremos que fazer novas lembranças.

Ele me convenceu a voltar ao hospital e eu não me opus. Estava exausta demais para discordar.

-Eu quero apenas saber se está mesmo bem, então eu te levo pra casa. – Ele disse enquanto dava partida no carro.

Casa. Uma palavra muito abstrata pra mim no momento.

O carro passou um pouco pelas movimentações da gravação e então eu me lembrei.

-O que faz aqui?

-Estava gravando.

-O mesmo filme que o Michael? – Indaguei aturdida.

-Sim. – Foi sua resposta lacônica, como se não quisesse mais falar disto e eu não insisti.

Chegamos ao hospital e tinha uma enfermeira me esperando com uma cadeira de rodas e por mais que eu insistisse que podia muito bem andar, fui obrigada a sentar naquilo.

-Aí esta a fujona. – O médico falou bem humorado e eu fiz uma careta.

-Não sabia que era uma prisioneira. – Resmunguei enquanto ele me examinava.

-A boa notícia é que você já pode ir pra casa. Mas terá que voltar na semana que vem, para que eu a examine novamente.

Eu não sabia se ficava feliz ou apreensiva com aquela notícia.

O médico saiu e Rob o acompanhou. A enfermeira me encarou.

-Você nos deixou preocupados.

-Me desculpe. – Falei envergonhada.

- Não é todo dia que temos celebridades por aqui. – A moça falou meio sem graça e eu ri.

-Celebridade? Não sou celebridade.

-Esqueci que não se lembra…

Eu revirei os olhos. Com certeza ela devia estar exagerando. Ela me ajudou a arrumar minhas coisas e insistiu que eu voltasse para a cadeira de rodas.

-Isto e ridículo.

-Seu marido falou que estava com tontura.

Eu fiz uma careta.

A palavra marido ainda me causava arrepios de horror. E a pessoa que falava que era casada comigo voltou e sorriu.

-Pronta pra ir pra casa?

Eu mordi os lábios nervosa.

Pronta? Para o que? Pra começar a aceitar que eu dividia a minha vida com ele?

Eu não sabia se um dia estaria pronta para tanto, mas eu forcei a cabeça num gesto afirmativo. E ele me levou para o carro.
O silêncio no carro era quase opressivo. Mas eu preferia assim. Eu sentia um nó na boca do meu estômago, um medo do desconhecido.

No fundo, eu tinha vontade de implorar que ele me levasse de volta para Los Angeles, mas eu não podia fazer isto. Eu era adulta agora não era?

Eu tinha que enfrentar aquela situação. Com um pouco de sorte, eu me lembraria logo de tudo.

Pior era que eu tinha medo do que eu ia lembrar também.

-Descanse. – Eu ouvi sua voz e o fitei. – Ainda vamos demorar pra chegar.

Então eu olhei em volta e reparei que as ruas da cidade tinham ficado pra trás e que agora estávamos numa estrada.

-Estamos saindo de Londres?

-Sim.

-Pra onde estamos indo?

-Cornualha.

-Nós moramos lá?!

Ele sorriu, fitando a estrada.

-Também.

-Oh…

Não falei mais nada. Havia tantas coisas que eu queria saber, mas que eu tinha um certo medo de perguntar.

Fechei os olhos, sentindo-me sonolenta.

Acordei com o carro parando. A tarde findava e eu olhei em volta atordoada.

-Chegamos?
-Sim.

Rob saiu do carro e deu a volta, abrindo a porta pra mim, ele estendeu a mão. Eu a segurei e saltei, olhando com os olhos arregalados para um mar não muito longe.

-Uau... – Balbuciei e ele riu.

-Você disse a mesma coisa a primeira vez que veio aqui.

Eu o encarei curiosa.

-E quando foi isto? – Arrisquei.

-Muito tempo atrás.

Eu revirei os olhos, meio irritada pela resposta dúbia e ele bateu a porta do carro e para minha exasperação, me pegou no colo.

-Eu posso andar! – falei entre dentes, mas ele ignorou e me carregou pra dentro.

A mim não restou nada a não ser passar o braço por sua nuca e me perguntar se ele tinha feito isto quando chegamos ali pela primeira vez.

Rob abriu a porta e eu olhei em volta, curiosa, enquanto ele subia uma escada em caracol.

Era uma casa bonita, clara. Mas não ostentativa.

-Nós moramos mesmo aqui?

-Às vezes.

-Como assim?

-Nosso trabalho, nem sempre podemos ficar aqui. Mas é onde gostamos mais de ficar.

-É bem longe de tudo. Eu posso entender isto.

Ele me levou para um quarto muito bonito e simples e eu deduzi que aquele devia ser nosso quarto.

Eu limpei a garganta, quando ele me colocou no chão.

-Você não espera que nós… nós… – Eu não conseguia nem olhar pra cama. – Espero que entenda que não posso dormir com você.

-Não ia forçá-la a nada, Kristen.

Eu dei de ombros.

-Só queria deixar isto bem claro. – Expliquei. – Então, acho melhor me levar pra outro quarto.

-Fique aqui. Eu durmo em outro quarto.

Eu dei de ombros, tentando não dar muita importância aquele assunto.

-Tudo bem.


Eu caminhei pelo quarto, olhando tudo, tentando reconhecer aquele lugar como meu.


Estava tão arrumado. Definitivamente não parecia meu quarto e eu ri.


-O que é engraçado?


-Está tudo muito arrumado.


Ele riu também e mais uma vez eu reparei em como ele tinha um sorriso delicioso.


Delicioso? Eu tinha mesmo pensado isto? Eu esperava não estar ficando vermelha.


-Há algum tempo não ficamos aqui.


-E você tem.. quer dizer, nós temos – forcei o nós a sair pela minha boca. Ainda era muito estranho – Uma empregada pra arrumar tudo ou algo assim?


-Sim, mas ela não mora aqui. Mas vem sempre.


-Oh… – Eu não sabia se gostava ou desgostava daquilo. Isto quer dizer que estávamos absolutamente sozinhos.


Naquele lugar a esmo…


Tentei não pensar muito nisto.


Não era como se estivesse com um estranho era? Afinal ele era meu…meu…


Eu nem conseguia pensar nisto direito, mas enfim, ele era o que era, apesar de meus medos.


E teria que conviver com aquele fato. Eu passei a mão em cima da penteadeira tão arrumada, nada ali parecia meu.


Abri o enorme guarda roupa embutido e havia umas poucas roupas, que não pareciam minhas também.


-Estas coisas são minhas? – indaguei


-São.


-Eu mudei tanto de estilo em sete anos? Parece tão… clássico!


Ele riu e eu fechei a porta rápido quando me deparei com roupas masculinas.


-Então é isto. – Falei, sem saber o que fazer agora.


-Eu vou deixar você descansar.


Eu não queria descansar. Tinha passado toda uma semana no hospital sem fazer nada.


Mas não discuti. Era melhor mesmo agora eu ficar sozinha.


-Tudo bem.


Ele saiu do quarto, fui até a janela. Anoitecia e um vento frio agitava as ondas.


Era um lugar lindo e eu me perguntei se ficávamos muito ali, mais uma vez me sentindo curiosa.


Talvez eu devesse ir atrás dele e fazer as perguntas que me afligiam.


Mas também com medo de perguntar. De encarar o desconhecido.


Suspirei e fui até o banheiro e de novo comecei a fuçar em tudo, mas nada ali parecia familiar.


Resolvi tomar um banho e depois tentei achar uma roupa mais parecida comigo.


Coloquei um jeans e um suéter e tentei pentear meus cabelos molhados.


Não havia nenhuma escova a vista e eu comecei a abrir as gavetas. Nada.


Fui pra gaveta do criado mudo e então uma coisa me chamou a atenção.


Um porta retrato.


Eu o peguei e parei de respirar ao ver uma foto. Uma foto minha e de Rob.


Eu coloquei a mão na boca, tentando voltar a respirar.


Era a primeira prova realmente concreta de que nos conhecíamos antes.


Não dava pra ver onde estávamos, era uma foto muito próxima de nossos rostos sorridentes.


Felizes.


Eu senti um aperto no peito. Meus cabelos estavam mais curtos, na altura do ombro, mas Rob era praticamente o mesmo.


Eu coloquei a foto de novo dentro da gaveta com cuidado e a fechei. Como se tivesse fechando meu passado ali. Um passado desconhecido.


Então me perguntei o que aquele porta- retrato estaria fazendo dentro da gaveta.


Não deveria estar em cima de algum móvel?


Eu sai do quarto, disposta a fazer algumas perguntas.


E me dei conta que não conhecia nada da casa e não fazia idéia de onde ele estaria.


Desci as escadas e ouvi sua voz e fui na direção. Ele estaria falando com alguém?


O encontrei numa cozinha espaçosa ao telefone. Assim que me viu ele murmurou uma despedida e desligou. Parecia tenso ou era impressão minha?


-Está tudo bem? – Ele perguntou forçando um sorriso.


-Com quem estava falando? – Indaguei desconfiada.


-Com a minha mãe.


Oh. Claro que ele tinha uma mãe.


-Ela queria saber se você estava bem.


-Certo…


-Está com fome? – Perguntou e eu reparei que parecia que ele estava cozinhando alguma coisa e meu estômago roncou, me lembrando que eu não tinha comido nada o dia inteiro.


-Sim… Você cozinha? – indaguei curiosa e ele sorriu encabulado.


-Eu tive que aprender a fazer alguma coisa…


-Já que eu não sei fazer nada. – Eu completei. Porque duvidava que eu tivesse aprendido a cozinhar nestes 7 anos.


-Mais ou menos isso. Na verdade eu já estava ficando com problemas de estômago antes mesmo de ficar com você.


Eu mordi os lábios curiosa e de novo apreensiva de perguntar.


-Posso te ajudar? – perguntei timidamente


-Não é melhor sentar?


Eu revirei os olhos.


-Eu estou bem, quantas vezes tenho que repetir? – Falei mexendo nos armários e colocando alguns pratos na mesa.


Ele apenas riu e não falou nada.


Nós comemos num estranho silêncio, ouvindo as ondas arrebentar na praia.


-Está com sono? – Ele perguntou quando acabamos.


-Não.


-Quer dar uma volta?


Eu fiz que sim e o segui para fora da casa, a noite estava fria, mas não muito.


-Nós não estamos no inverno…


-Não, no outono.


-É esquisito… não saber nem o mês que estamos.


-Setembro.


-Certo… Eu achei uma foto nossa. – Falei de repente – Só não entendi porque estava numa gaveta e não em cima de algum móvel por aí.


Ele parecia estar pensando para responder e eu desconfiei.


-Isto foi de propósito? Você escondeu tudo o que dizia respeito a nós dois?


-Não…


-Então o que a foto estava fazendo guardada?


-Não faço idéia.


Eu respirei fundo e ele pegou um cigarro.


-Oh… me dá um? – Perguntei e ele me fitou com um arremedo de sorriso.


-Você não fuma mais, Kristen.


-Eu parei de fumar?! – Indaguei espatantada.


-Sim, há alguns anos.


-É mentira. Eu nunca ia parar de fumar! – Falei quase salivando para a fumaça que sai do cigarro dele.


-Mas você parou.


-Bom, eu não lembro, então me passa um.


Ele pareceu indeciso e então me deu um cigarro.


Eu me senti mais como a Kristen de antigamente enquanto tragava satisfeita.


-Porque você também não parou?


Ele riu.


-Você estava insistindo nisto.


Eu o fitei achando aquilo muito estranho. Não combinava comigo.


O quanto eu tinha mudado naqueles sete anos?


-Você passou no teste? – Indaguei. – No teste em que nos conhecemos. No filme de vampiro? Você conseguiu o papel?


-Sim, eu passei.


Eu franzi a testa puxando minha memória, mas só me lembrava de estar lendo a cena no carro, antes de ir pra casa da diretora.


-Era uma cena de beijo. – Falei me lembrando do roteiro. – Catherine me disse ao telefone, que ia fazer uma cena de beijo, com quatro atores.


Eu o encarei.


-Nós nos beijamos? – Perguntei, meus olhos migrando sem querer para a boca dele. – Foi ali nosso primeiro beijo, naquele teste?


-Sim.


-Foi bom?


Oh Deus, porque eu estava perguntando aquelas coisas?


-Quer dizer, presumo que tenha sido um bom teste – Corrigi. – Já que passou.


-Eu creio que sim. – Ele falou jogando o cigarro na areia.


Eu também terminei o meu e voltamos lentamente para a casa. Mas minha mente estava cheia de perguntas. Dúvidas que até aquele momento não tinha passado pela minha cabeça.


Como seria beijá-lo? Eu sentia um frio no estômago ao pensar nisto. Era como pensar em beijar um estranho. Mas ele não era um estranho.


De repente eu parei.


-Eu quero testar uma coisa.


E ficando nas pontas dos pés eu o beijei.


Foi estranho como os primeiros beijos.


Ele não reagiu enquanto eu passava meus lábios no dele e então eu me afastei, sentindo meu rosto queimar.


-Me desculpe. – Murmurei, dando meia volta pra me afastar, lamentando aquela idéia idiota.


Mas de repente, ele puxou meu braço com uma mão e a outra puxou minha nuca, a boca descendo sobre a minha.


Eu suspirei surpresa.


Os lábios dele deslizavam sobre os meus com vontade, obrigando-me a abrir os meus para a suave invasão de sua língua.


Eu perdi o prumo. Perdi a razão. Perdi o ar. E a pergunta de como seria beijá-lo foi respondida.


Eu não sabia como eram nossos beijos antes, mas aquele era puro inferno.


E então algo soou dentro da minha mente. Algo familiar e eu me agitei em seus braços, que agora eu reparava me apertavam contra ele.


E Rob me soltou.


-Me desculpe. – Falou passando a mão pelos cabelos.


Eu o fitei confusa e ofegante, ainda sentindo meu coração disparado no peito e os lábios formigando.


-Tudo bem. – Falei respirando fundo em busca de ar. – Eu vou… dormir.


E me virando, quase corri pelas escadas até chegar no quarto e fechar a porta atrás de mim, me encostando nela.


Eu tinha me lembrado de alguma coisa?


Fechei os olhos com força, buscando na minha mente algo familiar.


Mas nada.


Eu não tinha me lembrado de nada.


Talvez fosse apenas o beijo.


Afinal, se éramos casados, óbvio que já teríamos nos beijado um milhão de vezes.


Talvez o meu corpo era capaz de algo que minha mente não era. Talvez o meu corpo reconhecesse o dele.


Eu suspirei pesadamente, passando os dedos por meus lábios, rememorando a sensação do beijo e estremeci. Não fora uma boa idéia afinal.


Por que aquele desejo que eu sentia agora era totalmente inesperado.


E eu não fazia idéia de como lidar com aquilo.


Continua…



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